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Estado de Minas REMÉDIO

Como surgem as superbactérias?

Anvisa esclarece a resistência dos micro-organismos


postado em 13/11/2018 15:46 / atualizado em 13/11/2018 15:55

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Cada vez mais bactérias se tornam resistentes aos antibióticos, em virtude do uso indiscriminado destas substâncias. "O que pode parecer uma profecia alarmista é, na verdade, uma realidade nos sistemas de saúde de todo o mundo. A resistência aos antimicrobianos, especialmente a resistência aos antibióticos, é um tema que preocupa tanto os países desenvolvidos como os países em desenvolvimento", alerta a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em texto publicado em seu site oficial.

O problema é mais sério em locais onde o consumo de antibióticos não é bem controlado nem orientado. A explicação para o surgimento de bactérias mais resistentes, conforme a Anvisa, está na teoria da seleção natural das espécies, elaborada pelo naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882). "Quando são expostas aos antibióticos, um grupo pequeno de bactérias mais fortes pode sobreviver e posteriormente se reproduzir. Isso significa que, a cada geração, as bactérias mais resistentes dão origem a outras bactérias que também são resistentes", explica a agência.

Quando o microrganismo é resistente a um ou mais medicamento diferente, ele passa a ser chamado de multirresistente. "Essa resistência pode surgir por uma mutação que dá ao microrganismo condições de resistir ao medicamento. Também pode acontecer pela troca de material genético entre microrganismos comuns e microrganismos resistentes", diz a Anvisa.

Essa resistência também pode afetar antivirais, antifúngicos e antiparasitários. Por isso, o uso de antibióticos adequados para o tipo de infecção, no tempo correto e na dosagem correta é fundamental para evitar o surgimento de bactérias resistentes.

A Vigilância Sanitária cita outros fatores que contribuem para o surgimento das superbactérias:

  • Tratamento de maior ou menor duração do que recomendado pelo médico
  • Uso de antibióticos para tratar doenças que não são infecções bacterianas, como gripe e resfriado
  • Uso de antibiótico não indicado para o tipo de bactéria que está causando a infecção
  • Uso inadequado do medicamento na área veterinária, especialmente em animais utilizados para o consumo humano
  • Falta de um bom controle de infecções nos serviços de saúde

(com portal da Anvisa)

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