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Estado de Minas BEM-ESTAR

Idosos devem ter cuidado com a asma

Essa doença é crônica e pode se confundir com outras


postado em 11/12/2018 08:00 / atualizado em 11/12/2018 08:12

Comparativo entre o brônquio de uma pessoa normal (esq.) e o de um paciente com asma(foto: BruceBlaus/Drugdevelopment-technology.com/Reprodução)
Comparativo entre o brônquio de uma pessoa normal (esq.) e o de um paciente com asma (foto: BruceBlaus/Drugdevelopment-technology.com/Reprodução)

O sintoma mais comum da asma é a falta de ar. O problema respiratório atinge 6,4 milhões de brasileiros, de acordo com levantamento do Ministério da Saúde. Por ser uma doença crônica e não ter cura, acompanha o paciente durante toda a vida e exige tratamento constante. Para os pacientes da terceira idade com asma, as crises podem ser ainda mais perigosas.

Ela é uma doença crônica e inflamatória, tendo na maioria dos casos uma relação direta com alergia, e que pode provocar sérios impactos sobre a vida do paciente, tais como dificuldade para dormir, fadiga, diminuição do nível de atividades e falta no trabalho. Com o envelhecimento, a condição se torna persistente e mais difícil de ser tratada.

De acordo com o pneumologista José Roberto Megda Filho, do Hospital Universitário de Taubaté (SP), é natural que os pulmões tenham sua capacidade de respiração um pouco reduzida ao envelhecer, já que a perda da capacidade respiratória começa aos 40 anos de idade. "Além disso, com o passar dos anos, temos um maior tempo de exposição à poluição atmosférica e outras substâncias", completa o especialista.

Projeções do IBGE apontam que um em cada quatro brasileiros terá mais de 65 anos em 2060. O conhecimento da asma e de seus sintomas é um dos primeiros passos para que as pessoas estejam atentas aos riscos dessa doença crônica na terceira idade. Ela costuma ter um diagnóstico mais difícil nos idosos, porque os sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças pulmonares e até cardíacas. Os pacientes mais velhos vão mais ao hospital e têm maior número de internações, além de permanecerem por mais tempo nos leitos hospitalares. O pneumologista ressalta que os asmáticos em idade avançada costumam sofrer com outras doenças, o que pode dificultar o diagnóstico e tratamento.

"Se a pessoa se queixa de tosse, chiado no peito e cansaço com frequência, é importante procurar um especialista para ter o diagnóstico correto. No caso dos pacientes que já foram diagnosticados, a consulta ajuda a verificar se o tratamento deve ser modificado", afirma José Roberto Megda. "Como especialista, minha função é explicar os riscos da falta de tratamento e dar todos os passos para fazer esse tratamento constante", completa o médico. Para identificar a asma, o exame mais indicado é a espirometria, também chamada de teste do sopro.

Um dos tratamentos mais usados para essa doença é o broncodilatador, substância que ajuda a aliviar os sintomas. O pneumologista explica que o tiotrópio é um deles: "Esse medicamento pode reduzir em 21% o risco de exacerbações da asma. Contudo, é importante ressaltar que o tratamento da doença deve ser de prevenção e controle, não apenas em momentos de crises, como a maioria dos pacientes faz".

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