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Estado de Minas SAÚDE

Bombinha contra a asma pode viciar?

Médico esclarece outras dúvidas relacionadas a esse grave problema respiratório


postado em 16/02/2018 14:26 / atualizado em 16/02/2018 14:55

O médico explica que os remédios broncodilatadores, conhecidos como
O médico explica que os remédios broncodilatadores, conhecidos como "bombinhas", usados para tratar a asma, não causam dependência (foto: Lifehack/Reprodução)
Dados do Ministério da Saúde mostram que a asma é responsável por mais de 100 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS), todos os anos, no Brasil. Apesar disso, muita gente ainda tem dúvidas sobre o problema. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia estima que até 20 milhões de brasileiros sofram com essa doença respiratória, que atinge mais de 300 milhões de pessoas no mundo.

Caracterizado pela inflamação crônica das vias aéreas, hoje, existem diversos tratamentos que podem ajudar a amenizar os sintomas da doença e melhorar a qualidade de vida.

Para esclarecer mitos e verdades sobre o problema, ouvimos o pneumologista Oliver Nascimento, contultor da farmacéutica GSK:

A famosa "bombinha" de asma vicia
Mito. "Os broncodilatadores, como são chamados, aliviam a falta de ar momentaneamente quando inalados. Entretanto, é muito comum os pacientes não tratarem a asma de forma contínua, fazendo com que necessitem utilizar as bombinhas com maior frequência", esclarece o especialista. O ideal é sempre procurar um médico e seguir as orientações do profissional, evitando assim crises asmáticas mais graves.

Asma em adultos está ligada à insônia
Verdade. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Pittsburgh, pacientes que têm problemas para dormir costumam ter mais crises de asma. "Os pacientes que sofrem das duas doenças, asma e insônia, têm chances maiores de apresentarem quadros de depressão e sintomas de ansiedade", completa o médico.

A genética favorece o aparecimento da asma
Verdade. "A genética tem grande influência na asma e crianças de pais asmáticos possuem um risco maior de desenvolver a doença". Oliver Nascimento diz que se um dos pais forem asmáticos o risco é de 25%, enquanto se os dois tiverem o problema a probabilidade, sobe para 50%.

Uso contínuo de broncodilatadores afeta o coração
Mito. "No passado, quando surgiram os primeiros remédios broncodilatadores para a asma, existiam substâncias que tinham como efeito colateral a aceleração do coração". Contudo, conforme o pneumologista, esses efeitos foram minimizados com as novas drogas e dispositivos que existem hoje no mercado.

Asma e bronquite crônica são a mesma coisa
Mito. As duas doenças costumam ser muito confundidas por apresentarem sintomas parecidos. "A diferença é que a asma se manifesta em crises reversíveis, enquanto a bronquite crônica se caracteriza pela ocorrência de tosse produtiva crônica, por mais de três meses no ano, durante pelo menos dois anos consecutivos", explica o especialista.

Atividade física faz bem para asmáticos
Verdade. "Atividade física é fundamental para um estilo de vida saudável. A natação, por exemplo, ajuda no fortalecimento da musculatura respiratória". O médico recomenda ainda beber de dois a três litros de água por dia, que ajuda a fluidificar as secreções e facilita a eliminação.

Criança com asma se cura na vida adulta
Mito. "A asma não tem cura, mas pode ser controlada a ponto dos seus portadores levarem uma vida normal". Procure um pneumologista, recomenda Oliver.

Gripes e resfriados podem piorar os sintomas da asma
Verdade. "Proteja-se das infecções virais, como gripe e resfriado comum. Eles podem desencadear sintomas da asma". Lavar as mãos com frequência e manter a carteira de vacinação em dia podem ajudar no combate a infecções mais graves, orienta o médico. Ele esclarece que a vacina contra a gripe é indicada para todas as pessoas asmáticas, independente da idade.

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