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Estado de Minas DIAGNÓSTICO

Saiba como reconhecer uma pinta cancerosa

Médico indica o método chamado 'ABCDE'


postado em 27/12/2018 13:20 / atualizado em 27/12/2018 12:20

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Com as férias e os dias ensolarados e quentes, é preciso ficar de olho nas manchas e pintas que surgem na pele e que coçam, crescem, mudam de cor ou ficam em alto relevo. Esses podem ser sinais do surgimento de câncer. A doença representa 30% dos diagnósticos de tumor no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Segundo o cirurgião oncológico Renato Santos, do Hospital 9 de Julho, de São Paulo (SP), a exposição excessiva ao Sol é um dos principais fatores de risco para esse tipo de câncer. "O brasileiro tem um costume perigoso, a exposição excessiva ao Sol sem proteção. Com medidas básicas como roupas adequadas, chapéus, bonés, uso do protetor solar, e óculos escuros, respeitar horários de alta incidência de radiação UV, podemos prevenir muitos de casos da doença", comenta o médico.
O câncer de pele resulta do crescimento desigual e descontrolado das células que compõem os tecidos desse órgão. O especialista cita os três principais tipos:

  • Carcinoma basocelular: é o mais comum, porém o menos agressivo. Este tipo de câncer surge com mais frequência em regiões mais expostas ao Sol, como rosto, nariz, pescoço, orelhas e couro cabeludo

  • Carcinoma espinocelular: conhecido também como epidermoide é o segundo mais comum dentre todos os outros tipos de tumor. A pele normalmente apresenta sinais de dano solar, como enrugamento, mudanças na pigmentação e perda na sensibilidade. Pode originar metástase (espalha para outras partes)

  • Melanoma: é o tipo menos frequente, porém o mais agressivo e letal. Tem origem nas células responsáveis pela produção da melanina, os melanócitos. É considerado o mais grave. Em geral, tem aparência de uma pinta de bordas irregulares, cores variadas (de castanho a vermelho e preto com áreas esbranquiçadas) e tamanho superior a seis milímetros

O Renato Santos explica que, quanto mais pintas pelo corpo, maior os cuidados que o paciente deve ter em relação a possíveis alterações delas. Para facilitar o diagnóstico precoce, o especialista sugere o método "ABCDE" que deve ser observado em relação às pintas ou manchas na pele:

  • Assimetria: se a lesão tem um padrão ou se tem uma metade diferente da outra
  • Bordas irregulares: contorno mal definido
  • Cor variável: a mesma mancha com diferentes tons ou cores como preta, castanha avermelhada e até azul
  • Diâmetro: se o tamanho é maior que seis milímetros
  • Evolução: se há crescimento e sangramento

Caso o médico identifique alguma anomalia, é necessário avaliar se o tumor é benigno ou maligno. Caso seja benigno, o tratamento pode ser cirúrgico com remoção e sutura simples, eletro-curetagem (corrente elétrica), criocirurgia (congelamento). Já para o tratamento de tumor de pele maligno, a cirurgia é a solução mais adequada. Em situações especiais poderá ser utilizada radioterapia, imunoterapia (utiliza o próprio sistema imunológico do paciente contra o câncer), e quimioterapia.

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