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Estado de Minas BEM-ESTAR

Entenda o ceratocone, que afeta o Gustavo do BBB 19

Problema ocular é considerado raro e tem tratamento


postado em 23/01/2019 10:00 / atualizado em 23/01/2019 10:13

Gustavo, participante do BBB 19, revelou aos colegas de confinamento que sofre de ceratocone, uma condição considerada rara(foto: Gshow/BBB19/Reprodução)
Gustavo, participante do BBB 19, revelou aos colegas de confinamento que sofre de ceratocone, uma condição considerada rara (foto: Gshow/BBB19/Reprodução)

Um dos participantes do reality show Big Brother Brasil 19, da Rede Globo, o médico paulista Gustavo Soares, de 37 anos, além de chamar a atenção do público por ser um dos "roncadores" do programa, virou notícia ao revelar que sofre de um problema considerado raro nos olhos: ceratocone.

De acordo com os oftalmologistas Nilo Holzchuh e Karin Ikeda, do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, em artigo publicado no site da entidade médica, o problema é caracterizado pela distrofia contínua e progressiva da córnea com afinamento central ou paracentral, geralmente inferior, que a deixa com a forma de um cone.

A condição afeta de quatro a 600 pessoas a cada grupo de 100 mil habitantes e o histórico familiar da doença está relacionado de 6% a 8% dos casos, sugerindo uma forte ligação com a herança genética. "Seu aparecimento mais comum ocorre na puberdade, geralmente entre 13 e 18 anos, e progride por aproximadamente seis a oito anos e, após, tende a permanecer estável", informam os médicos.

O ceratocone também pode estar associado a doenças sistêmicas como as síndromes de Down, Turner, Ehlers-Danlos e Marfan. Porém, o simples ato de coçar os olhos constantemente, ainda mais em pessoas alérgicas, também está ligado à condição.

Nos casos mais brandos, o tratamento do problema feito, inicialmente, por meio de óculos. "Para astigmatismos maiores ou um pouco avançados, lentes de contato rígidas podem ser adaptadas com sucesso. Atualmente, alguns casos apresentam melhora com adaptação de lentes hidrofílicas próprias para ceratocone", afirmam os oftalmologistas.

A intervenção cirúrgica, com transplante de córnea, é indicado apenas para os casos mais avançados ou com cicatrizes extensas que não melhoram com o uso regular das lentes de contato. Vale dizer que após o procedimento, é necessário o uso de lentes para que se tenha melhor acuidade visual.

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