Sabia que as memórias traumáticas pode causar dor e até doenças, inclusive crônicas? De acordo com a fisioterapeuta Frésia Sa, essas "memórias" acabam acumuladas em células e tecidos do corpo. Mas, a boa notícia é que é possível encontrá-las e eliminá-las.
Segundo a especialista, as memórias traumáticas podem ser reflexo do corpo recebe a um estímulo agressivo (físico, emocional ou mesmo medicamentoso). "Se esse estímulo estiver acima da capacidade de absorção do organismo, pode ser gerado um trauma. Além das memórias cerebrais, o trauma também pode se instalar, em forma de memórias, nas células corporais. As células que carregam os traumas têm suas funções prejudicadas, como se tivessem sido machucadas. Os tecidos impregnados de memória acabam perdendo vitalidade ou ritmo, o que pode ser percebido pela aplicação da microfisioterapia", esclarece a fisioterapeuta.
Frésia Sa lembra que essa forma de tratamento, a microfisioterapia, foi criada pelos pesquisadores franceses Daniel Grosjean e Patrice Benini e permite localizar as células e os tecidos prejudicados e fazer com que o corpo "esqueça" essas informações. Com isso, há uma troca dos tecidos "traumatizados" por outros regenerados e a reparação é feita naturalmente pelo próprio organismo.
De acordo com a fisioterapeuta, células de um local do corpo podem causar dor em outro ponto, por uma questão de estímulo. Por isso, a microfisioterapia utiliza um mapa que indica onde estão determinadas "memórias". "Pelo comportamento e pela resposta do tecido, é possível entender o tipo de trauma e há quanto tempo está ali. Temos casos de traumas intrauterinos que foram detectados pela microfisioterapia", diz a especialista.
O importante, conforme explica Frésia Sa, é entender como se forma a memória traumática e como ela "estaciona" em determinado local do corpo, além de encontrar as causas e promover o tratamento ostensivo. "Por isso falamos em saúde integrativa: a ideia é levar a um entendimento total de tudo que pode estar relacionado a uma determinada doença ou dor crônica. E encontrar os melhores tratamentos para chegar o mais perto possível da reabilitação", completa a fisioterapeuta.