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Estado de Minas NEUROLOGIA

Já ouviu falar na Doença de Huntington?

Enfermidade é semelhante ao Mal de Parkinson


postado em 01/02/2019 15:40 / atualizado em 01/02/2019 15:52

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

A Doença de Huntington é parecida com o Mal de Parkinson, possui origem hereditária e não tem cura. Ela ainda é pouco conhecida e causa a morte de células do cérebro, afetando, em média, uma pessoa em cada grupo de 10 mil indivíduos. A condição leva o nome do médico americano George Huntington, que foi o primeiro a fazer uma descrição detalhada da doença em 1872.

Os tratamentos ajudam a diminuir os sintomas. O problema é que a enfermidade causa degeneração gradual do cérebro devido a uma anomalia cromossômica. As decorrências desse fato são disfunções dos movimentos, do comportamento, da capacidade de se comunicar, além de tremulações.

De acordo com o neurologista José Luiz Pedroso, da Associação Paulista de Neurologia, a primeira manifestação da Doença de Huntington são os movimentos involuntários repetitivos. "Mas sintomas psiquiátricos também são comuns na fase inicial, muitas vezes sendo percebidos antes do início dos sintomas motores. A percentagem de doentes com sinais psiquiátricos, tais como baixa autoestima, sentimentos de culpa, ansiedade e apatia são relevantes", afirma o médico.

Ele lembra que se um dos pais é portador do problema, a chance de um filho ser afetado é alta. "Mas ser um portador de Huntington não significa que a pessoa automaticamente desenvolverá a enfermidade, visto que ela só passa a ter a patologia assim que demonstra os sintomas", alerta o neurologista.

Apenas em 10% dos portadores do gene os sintomas são observados na juventude ou na velhice. Na grande maioria dos casos, eles aparecem entre os 25 e 45 anos.

"Para muitas dessas doenças neurogenéticas, como a Huntington, até cinco anos atrás não havia tratamento específico. Com o avanço da Ciência, alguns tratamentos já são possíveis. Isso não significa a cura, mas já é um grande passo para melhora na qualidade de vida desses pacientes", comenta José Pedroso.

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