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Estado de Minas BEM-ESTAR

Já ouviu falar na síndrome cardíaca de feriado?

Problema sério é associado ao consumo de álcool


postado em 04/03/2019 10:43 / atualizado em 04/03/2019 10:45

(foto: Pexels)
(foto: Pexels)

Apesar do clima de folia, é preciso ter cuidado com o consumo excessivo de álcool. Dados de 2018 da Organização Mundial da Saúde (OMS), apontam que 13,5% das mortes de pessoas na faixa dos 20 anos tiveram relação com bebidas alcoólicas.

De acordo com o cardiologista Diego Garcia, o consumo exagerado de álcool pode aumentar o risco de arritmias e insuficiência cardíaca, mesmo em pessoas que não apresentam antecedente pessoal ou familiar de cardiopatia. "O álcool promove uma agressão direta sobre as células cardíacas, podendo comprometer o funcionamento do músculo e do sistema de condução do estímulo elétrico no coração", diz o especialista. Dentre os sintomas de alerta estão: palpitações, dores no peito, falta de ar e inchaço nas pernas.

Outro hábito perigoso do Carnaval é a mistura de bebidas alcoólicas com energético. O problema ocorre porque os dois aumentam muito a chance de arritmias. "Uma lata de energético estimula muito mais o coração do que uma xícara de café. Essa combinação acelera os batimentos, podendo causar alguma arritmia e também elevação da pressão arterial", explica o cardiologista.

Outro problema que pode acontecer nesta época é a chamada síndrome cardíaca de feriado que se manifesta por meio de alterações cardíacas que são provocadas pelo abuso do álcool. "Há várias teorias que tentam explicar essa ocorrência e dentre elas podemos citar: ativação suplementar do sistema nervoso simpático, ação direta do álcool e seus metabólitos no coração ou distúrbios dos eletrólitos causados por diurese excessiva", comenta Diego Garcia.

A condição foi descrita pela primeira vez em 1978, pelo médico Philip Ettinger, que descreveu a ocorrência de distúrbios do ritmo do coração logo após o feriado em 24 jovens que não possuíam nenhuma doença cardíaca subjacente e haviam exagerado no consumo de bebidas nesse período.

Portanto, a prevenção para esses problrmas é a moderação na hora de consumir bebidas alcoólicas. Mas vale lembrar que não existe uma quantidade aceitável de consumo, já que a tolerância ao álcool é individual.

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