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Estado de Minas SAÚDE

Conheça a depressão resistente, que atinge 4 em cada 10 brasileiros

O dado foi apontado por um estudo da UFMG, realizado em parceria com outros três países


postado em 27/09/2019 15:12 / atualizado em 27/09/2019 15:43

A pesquisa conjunta da UFMG sobre depressão resistente analisou 1475 pacientes em 33 pontos de atendimento espalhados pela América Latina(foto: Unsplash)
A pesquisa conjunta da UFMG sobre depressão resistente analisou 1475 pacientes em 33 pontos de atendimento espalhados pela América Latina (foto: Unsplash)
Tristeza, falta de energia, sono em excesso. Esses são alguns dos principais sintomas da depressão, doença que atinge cerca de 11,5 milhões de brasileiros. Além disso, um estudo realizado pela UFMG mostra que cerca de 40% da população do país sofre com uma versão mais complicada da doença, a chamada depressão resistente. "A depressão pode ser considerada resistente quando não há uma melhora no paciente após o uso de dois antidepressivos diferentes", diz o mestrando André Freitas, pesquisador da Faculdade de Medicina da UFMG. Ele também alerta que o tempo de espera para avaliar o efeito do medicamento receitado varia entre seis e oito semanas.

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Embora mais complicado, o tratamento da depressão resistente não é impossível. Segundo André, o psiquiatra que acompanha o paciente pode receitar uma combinação de medicamentos, para potencializar o efeito, mas também existem remédios que vão além dos farmácos. "O apoio familiar faz toda a diferença no tratamento de qualquer depressão. É importante reforçar laços sociais, perguntar se está tudo bem, acompanhar o paciente nas consultas, verificar se a pessoa está usando o medicamento da forma correta", ressalta o pesquisador.

Mas não precisa entrar em desespero caso você não tenha tido sucesso com o remédio receitado. Segundo uma pesquisa da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, apenas um terço dos pacientes sente uma melhora no seu quadro depois de testar o primeiro antidepressivo. O estudo também apontou que os pacientes não devem desistir. Cerca de sete em cada dez adultos entrevistados acabaram encontrando um tratamento que funcionava.

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