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Estado de Minas SAÚDE

Tudo o que gestantes e puérperas precisam saber sobre vacinação contra a Covid-19

Grupo foi incluído na prioridade para a imunização e já começa a ser vacinado esta semana


postado em 04/05/2021 23:49 / atualizado em 04/05/2021 23:49

(foto: Freepik)
(foto: Freepik)
O Ministério da Saúde incluiu gestantes e puérperas (mulheres que deram à luz há até 45 dias) nos grupos prioritários da vacinação contra a Covid-19. A novidade veio devido ao fato de que se percebeu risco aumentado de hospitalização de pessoas nessas condições em relação à população geral. Como a situação epidemiológica no país ainda é grave, com circulação importante do vírus Sars-Cov-2, a recomendação é de que o grupo seja vacinado o quanto antes. Para saber mais sobre a imunização dessas mulheres, conversamos com Josianne Dias Gusmão, coordenadora estadual do Programa de Imunizações e, para questões relativas à aplicação das vacinas nas cidades, obtivemos respostas da Secretaria de Saúde de Belo Horizonte. Confira:

Imunização escalonada

A vacinação vai começar com gestantes e puérperas com alguma das comorbidades listadas no Plano Nacional de Vacinação Contra a Covid-19. Depois, na fase 2, serão vacinadas pessoas desse grupo que não tenham as doenças pré-existentes, mas por ordem de idade (50 a 54, 45 a 49, 40 a 44, 30 a 39, 18 a 29). Por ora, não está prevista a vacinação de gestantes ou puérperas menores de 18 anos.

Tipo de vacina

Pessoas deste grupo podem receber qualquer uma das vacinas disponíveis no país. Não houve distinção, por parte do Ministério da Saúde, sobre tipos específicos de imunizantes.

Estágio adequado da gestação para vacina

Não foi delimitado um período específico da gestação para a imunização. "Da mesma forma como acontece na vacina contra a influenza, as pessoas deste grupo poderão se vacinar em qualquer momento da gravidez ou puerpério", explica Josianne. Ainda que já tenham saído da condição de gestantes ou puérperas na época da segunda dose - especialmente no caso de vacinas com período mais longo entre as duas injeções, como a Pfizer e AstraZeneca, cujo intervalo é de 12 semanas -, elas têm direito de completar a imunização. A Secretaria Municipal de Saúde informou ainda que toda mulher que engravidar futuramente terá acesso à vacina, mesmo que o cadastro esteja inativo.

Comprovações

As gestantes com comorbidades deverão comprovar a condição de risco com exame, receita, relatório ou prescrição médica (como as demais pessoas com comorbidades). Quanto à comprovação da gestação, a Secretaria Municipal de Saúde informou que qualquer exame que ateste a gravidez (exame de sangue ou ultrassom, por exemplo), junto com documento de identidade, pode ser apresentado. No caso do puerpério, Josianne explica que deve ser levado documento que ateste a data de nascimento da criança, como a certidão.

Gestantes que já tiveram Covid-19

As recomendações neste caso são as mesmas daquelas para a população geral. É necessário aguardar 4 semanas após o início dos sintomas ou do teste de RT-PCR positivo para a vacinação contra a Covid-19.

Cuidados pós-vacina

Todos os grupos incluídos na campanha de vacinação contra a Covid-19 devem completar a vacinação com 2 doses. Além disso, é necessário manter os cuidados - uso de máscara, distanciamento social, higiene constante - mesmo após a imunização. Isso significa que a visitação do recém-nascido deve ser limitada ou evitada ainda que a mãe tenha sido vacinada. Quanto à imunidade do bebê, ainda não há estudos que demonstrem transmissão de anticorpos para a criança. 

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