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Estado de Minas NOVO CORONAVÍRUS

Entenda a taxa de normalidade, novo indicador da pandemia adotado em BH

Cientista de dados explica o cálculo que vai ajudar a prefeitura da capital a monitorar a transmissão do novo coronavírus de forma mais detalhada


postado em 18/06/2021 13:55 / atualizado em 19/06/2021 13:55

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(foto: Adão de Souza/PBH/Divulgação)
(foto: Adão de Souza/PBH/Divulgação)
A pandemia, em BH, já está em seu 15º mês. À medida que o tempo passa e novas descobertas são feitas a respeito da Covid-19, mudanças são implementadas na forma de cuidar dos doentes, nas políticas públicas e também na forma de medir a situação epidemiológica da cidade.  Após cerca de um ano do uso do "termômetro" com três indicadores (velocidade de transmissão - Rt -, ocupação de leitos de UTI e ocupação de leitos de enfermaria), o comitê de enfrentamento da Covid-19 da prefeitura de BH passou a adotar, também, outro indicador para ajudar na análise do cenário e definição de reaberturas ou fechamentos. 

A taxa de normalidade ou matriciamento de risco (MR) é um cálculo que envolve seis parâmetros: percentual de pessoas imunizadas, taxa de novos casos por 100 mil habitantes em 14 dias, taxa mortalidade por milhão de habitantes em 14 dias, taxa de letalidade, tendência da taxa de incidência e tendência da taxa de mortalidade nas últimas semanas. "Constrói-se uma matriz de risco avaliando os piores e melhores cenários da Covid-19 em uma comunidade, com base nos seis parâmetros. Somam-se os pontos e, quanto maior a pontuação, mais próximo da normalidade o município está, de 0% a 100%", explica o cientista de dados Bráulio Couto, que tem trabalhado com membros do comitê no desenvolvimento desse indicador. O cenário de 100%, explica, seria de taxa de incidência baixíssima (abaixo de 20 casos por 100 mil), taxa de mortalidade baixa, com tendência de redução, além de percentual de imunizados acima de 70%. 

O número ideal dessa taxa para a reabertura depende do setor. Neste momento em que a educação é o que está em discussão, por exemplo, Bráulio explica que abaixo de 50%, fica todo mundo no virtual. Entre 50% e 70%, voltam alunos do infantil; entre 70% e 80%, os do fundamental; entre 80% e 90%, os do ensino médio e, acima de 90%, todas as atividades educacionais. Segundo Carlos Starling, membro do comitê, os indicadores do termômetro permanecem. "O que fizemos foi um detalhamento e refinamento da métrica para flexibilizar e retroceder", diz.

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