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Estado de Minas MEDICINA

Equipe do Hospital Felício Rocho realizou cirurgia ortopédica inédita em Minas Gerais

Paciente que sofre de dores agudas no tornozelo há cinco anos recebeu prótese e passa bem após procedimento


postado em 06/08/2021 17:54

A equipe responsável. Da esquerda para direita são Dr. Daniel Baulmfeld, Dr. Benjamin Dutra Macedo, Dr. Tiago Baumfeld e Dr. Luiz Fernando Araújo Junior. Todos são ortopedistas(foto: Felicio Rocho/Divulgação)
A equipe responsável. Da esquerda para direita são Dr. Daniel Baulmfeld, Dr. Benjamin Dutra Macedo, Dr. Tiago Baumfeld e Dr. Luiz Fernando Araújo Junior. Todos são ortopedistas (foto: Felicio Rocho/Divulgação)
Confirmando seu pioneirismo em inovação e certificando o compromisso de ofertar as melhores possibilidades para o paciente, o Hospital Felício Rocho alcança mais um degrau importante na medicina mineira. Através da Instituição, pela primeira vez em Minas Gerais foi realizado uma cirurgia de desartrodese do tornozelo.

O procedimento inédito aconteceu nesta semana e foi coordenado pelos cirurgiões ortopédicos Tiago Soares Baumfeld e Daniel Soares Baumfeld. Após cerca de quatro horas de cirurgia, os médicos implantaram uma prótese de tornozelo modelo infinity, no paciente Geraldo Apolinário, de 56 anos, que há cinco anos vinha sofrendo de dores agudas no tornozelo esquerdo.

"A desartrodese é um procedimento bastante inovador muito explorado nos Estados Unidos, mas aqui no Brasil ocorreu somente uma vez, em São Paulo. Hoje, realizamos essa cirurgia pela primeira em Minas Gerais e é a segunda ocorrência no Brasil. Basicamente, o método é eficaz porque devolve o movimento ao tornozelo, melhora a dor, melhora a função, previne que as articulações adjacentes desenvolvam novas lesões e devolve a qualidade de vida ao paciente", explica Tiago Soares Baumfeld médico do Hospital Felício Rocho, mestre em ortopedia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e especialista em medicina e cirurgia do pé e do tornozelo.

Geraldo sofreu uma fratura do tornozelo em 2016. Por conta de uma complicação, o quadro evoluiu para uma artrose - desgaste do tecido de proteção nas extremidades dos ossos - e foi submetido inicialmente a uma artrodese do tornozelo, procedimento que visou corrigir esse desgaste.

Com o passar de alguns meses, o paciente tornou a sentir dores por conta de um novo desgaste na região acidentada. Dias antes a cirurgia, Geraldo encontrava-se com dor agudas no tornozelo e nas articulações adjacentes, tinha dificuldade para andar e para subir e descer escada, o que o impossibilitava de viver uma vida confortável.

Foi a partir deste diagnóstico que surgiu a necessidade do novo procedimento. "A desartrodese ira tirar a dor do paciente e restaurar o movimento do tornozelo. Com isso, ele realizar atividades que hoje não realiza, como agachar, subir terrenos íngremes, andar em terrenos irregulares, melhorando assim a sua qualidade de vida", esclarece Tiago Soares Baumfeld.

Sem operar, o médico do Hospital Felício Rocho esclarece que o paciente continuaria a sentir dor e a viver uma vida limitada. "Não existe outra opção no caso desse paciente. Ele até poderia seguir um tratamento paliativo, com medicação e fisioterapia, mas sem possibilidade curativa e com o risco de novo agravamento", conta.

O paciente encontra-se bem e descansa no quarto. Com o sucesso da cirurgia, a previsão de alta é de 48 horas. Durante a internação, será tratado com antibióticos. Por se tratar de um procedimento ortopédico de implante os riscos de complicações ou sequelas são remotos.

Entenda o procedimento

Essa cirurgia é realizada em indivíduos que já foram submetidos a uma artrodese do tornozelo - um tipo de fusão da articulação - e que continuam ou passam a ter sintomas como dor e claudicação. A desartrodese trata-se de uma espécie de prótese de tornozelo que tem a finalidade de reestabelecer novamente o movimento da articulação. Desta forma, o procedimento realiza a fusão de uma articulação. No tornozelo, ocorre uma fusão entre o osso da tíbia ao tálus, um dos ossos do pé.

A recomendação deste método é para pacientes com desgastes avançados do tornozelo, que não melhoraram com medidas fisioterapêuticas e não cirúrgicas. O resultado é o alívio da dor, a recuperação dos movimentos do pé - o que possibilita que o indivíduo volte a agachar, subir escadas caminhar e praticar atividades sem incômodos - e promove uma melhoria na qualidade de vida.

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