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Estado de Minas SAÚDE

Osteoporose afeta 200 milhões de mulheres no mundo, calcula entidade

Especialistas explicam que a doença é silenciosa, muitas vezes sendo percebida somente após o surgimento de uma fratura


postado em 30/03/2022 11:15 / atualizado em 30/03/2022 11:15

(foto: Freepik)
(foto: Freepik)
Embora possa afetar a todos, a osteoporose é mais prevalente entre as mulheres: cerca de 200 milhões delas em todo o mundo têm a condição, segundo a Federação Internacional da Osteoporose (IOF). A doença é responsável por causar uma fratura a cada 3 segundos no mundo e nas mulheres as chances de acometer o quadril são quatro vezes maiores que no sexo masculino. Alguns fatores explicam a incidência maior entre a população feminina, conforme explica a médica Alessandra Resende, ortopedista do Hospital Vila da Serra.

"A queda da produção de estrogênio - hormônio que atua no remodelamento ósseo, principalmente na diminuição da sua reabsorção – na menopausa acarreta no aumento da perda da massa óssea. Além disso, outros fatores como história familiar de osteoporose, deficiência de vitamina D, hormônio que regula a absorção de cálcio pelo intestino e sua excreção nos rins, sedentarismo, consumo de cigarro e bebida alcóolica também contribuem para a perda progressiva da massa óssea. A osteoporose tem como agravante ser silenciosa, sendo percebida pela paciente depois de sofrer uma fratura por trauma mínimo, por isso é tão necessário manter consultas e exames médicos em dia", observa Alessandra Resende.

Outra especialista, a ortopedista Larissa Lopes, também do Vila da Serra, acrescenta que é importante ressaltar a prevalência da doença, visto que 50% das mulheres e 20% dos homens com mais de 50 anos apresentarão uma fratura por osteoporose na vida. Ela pontua, ainda, que o problema citado é mais incidente que infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e câncer de mama.

Espaço dedicado

Visando colaborar para o controle da condição metabólica e a prevenção de fraturas, Alessandra Resende e Larissa Lopes idealizaram e coordenam um espaço exclusivo no ambulatório de ortopedia do hospital Oncobio, em Nova Lima, que atende pacientes que possuem convênios aceitos pelo centro de saúde particular. "O foco é tratar a osteoporose e a sarcopenia (perda progressiva de massa muscular) em pacientes mulheres para prevenir fraturas. O atendimento consiste em avaliação clínica, solicitação de exames, tratamento e acompanhamento de casos em que houve 'quebra' de osso devido à doença", comenta Alessandra.

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