
"A exposição excessiva e contínua às telas (smartphones, tablets, computadores) resulta em piscar menos, o que afeta a produção de lágrima. Um indivíduo pisca em torno de 20 vezes por minuto, mas quando está diante das telas esse número cai para seis vezes por minuto. O filme lacrimal – lágrima - é responsável por manter os olhos lubrificados e serve de barreira contra infecções. Ao piscar menos esse protetor natural evapora de forma rápida", descreve o médico.

"A iniciativa tem o objetivo de esclarecer e alertar a população para o diagnóstico da doença e os tratamentos disponíveis. Da mesma forma, busca informar sobre os fatores de risco, que não se resumem à expansão do uso de computadores, celulares e tablets. Também interferem na formação de lágrimas ou em sua qualidade agentes de ordem ambiental, com o aumento da poluição nos centros urbanos e uso do ar condicionado, a chegada da menopausa, lentes de contato e doenças autoimunes", informa José Alvaro, que também é fundador da APOS.
Lágrimas artificiais, medicamentos sistêmicos, luz pulsada, lentes de contato esclerais são algumas das terapêuticas possíveis. "Em casos mais graves podem ser indicados procedimentos cirúrgicos, como tarsorrafia e transplante de conjuntiva, mucosa labial ou até mesmo de glândulas salivares. Vale frisar que o tratamento é individualizado e definido de acordo com os fatores que desencadeiam o olho seco no paciente, considerando risco/benefício e custo", finaliza.