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Estado de Minas SAÚDE

14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes

Geriatra faz alerta para minimizar os riscos de idosos desenvolverem o problema de saúde. Brasil é o 5º país com maior incidência da doença


postado em 13/11/2023 14:59

(foto: Freepik)
(foto: Freepik)
A falta de atividade física e o sedentarismo são responsáveis por elevar a probabilidade das pessoas em adquirir doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, entre outras. O diabetes, doença caracterizada pelo alto nível de glicose no sangue, vem aumentando a nível mundial em função da má alimentação da população associada à pouca ou nenhuma atividade física. Segundo o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), o Brasil é o 5º país no mundo com maior incidência da doença, sendo 16,8 milhões de adultos (20 a 79 anos) doentes no país.

Para o clínico geral e geriatra Frederico Brina, os números acendem um sinal de alerta para que as pessoas mudem os hábitos com o objetivo de prevenir doenças que evoluem gradativamente, prejudicando a qualidade de vida e diminuindo a expectativa de vida do paciente. "Os idosos são mais suscetíveis a desenvolver diabetes, pois a idade constitui um dos principais fatores de risco. Esse risco aumentado está relacionado a diminuição da massa muscular, ao excesso de peso, a redução da atividade física e sedentarismo e ao envelhecimento do pâncreas que é responsável pela produção da insulina.

Muitos encontram dificuldade em levar uma vida mais ativa por questões de saúde e comprometimento da mobilidade, por exemplo. Porém, cada situação deve ser avaliada levando em consideração a individualidade de cada paciente e assim, em conjunto com o médico que o acompanha, é possível definir qual estratégia adotar e qual atividade física é mais recomendada para cada caso. O diabetes tipo 2 é o mais comum entre os idosos e a doença costuma evoluir de forma gradativa e muitas vezes silenciosamente. O tratamento na terceira idade precisa ser individualizado, entretanto, muitas vezes a utilização de medicamentos será fundamental para o adequado controle da doença; mas é de extrema importância, além da medicação, adotar outras medidas como uma alimentação adequada e atividade física", orienta o médico.

O idoso diabético tem um risco maior do que a população em geral de apresentar perdas funcionais importantes, como dificuldade de locomoção, incontinência urinária, maior risco de quedas e dores crônicas, além da perda da visão e, em casos mais graves, a necessidade de amputação dos membros. "A mortalidade provocada pelo diabetes aumenta com o avanço da idade, pois o risco de complicações cardiovascular se eleva com o envelhecimento. Idosos diabéticos precisam de um acompanhamento bem direcionado, pois essa parcela da população é muito heterogenia sendo possível encontrar um idoso extremamente saudável e ativo e outro de mesma idade já com vários problemas de saúde e em uso de diversas medicações. O adequado cuidado dessa doença é importante, pois ela afeta a saúde física podendo comprometer o funcionamento de órgãos vitais, como rins e coração, assim como também pode afetar a saúde emocional predispondo, por exemplo, a um quadro de depressão", alerta Frederico Brina.

Além de fatores genéticos, a maioria dos casos de pacientes diagnosticados com diabetes tipo 2 estão relacionados aos hábitos de vida. "A vida moderna nos trouxe facilidades que, quando utilizadas indiscriminadamente, podem contribuir para o surgimento do diabetes. Um bom exemplo disso são nossos hábitos alimentares. Os alimentos processados, muitas vezes com o preparo mais prático, são grandes vilões da boa saúde, pois costumam possuir alto teor de açúcar ou sódio. Alimentos fast-foods entregues em casa, no formato de delivery, costumam estar a um toque de distância, pois estes alimentos habitualmente também possuem alto teor de gordura, sódio, açúcar e carboidratos. O consumo destes alimentos contribui para aumentar os casos de diabetes e outras comorbidades importantes que afetam de maneira significativa a saúde do idoso. Acrescentar à rotina uma alimentação balanceada, natural e atividade física regular são peças-chave para diminuir a probabilidade de adquirir doenças potencialmente graves na velhice. Para quem já apresenta o diabetes, por exemplo, o controle correto da doença, da alimentação, da atividade física e o acompanhamento regular ao médico tende a melhorar os índices de saúde do paciente e, consequentemente, proporciona para ele grande melhora na qualidade de vida", completa o médico geriatra.

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