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Estado de Minas VEÍCULOS

Percorremos mil quilômetros a bordo da nova Nissan Frontier

O trajeto radical incluiu as ruínas jesuíticas e o Parque Nacional do Iguaçu, no sul do Brasil


postado em 02/12/2019 14:12 / atualizado em 02/12/2019 14:33

(foto: Pedro Dantas/Nissan/Divulgação)
(foto: Pedro Dantas/Nissan/Divulgação)
DE FOZ DO IGUAÇU (PR)- Com muita criatividade a Nissan reservou a última semana de novembro para mostrar as qualidades e novas soluções tecnológicas da 12ª edição da pick-up Frontier, agora fabricada na fábrica de Córdoba (Argentina), que substitui a anterior, importada do México.

Foram cinco dias de viagem e três dias completos percorrendo estradas de todos os tipos, debaixo de sol e de chuva, enfrentando estradas e trilhas de asfalto, terra e lama, atravessando rios e escalando e descendo montanhas.

(foto: Pedro Dantas/Nissan/Divulgação)
(foto: Pedro Dantas/Nissan/Divulgação)
A iniciativa, chamada "Rota dos Patrimônios do Brasil", é a segunda edição da "Expedição Nissan", projeto premiado no Brasil e na América Latina. A primeira foi em 2017 e 2018 com o tema de busca das pinturas rupestres em várias regiões do Brasil. A primeira etapa desta edição percorreu cerca de mil quilômetros no sul do país, com direito a uma rápida volta em território argentino. "Não é um passeio para falar do produto, mas uma expedição temática para contribuir com a divulgação de patrimônios e aspectos históricos, culturais e naturais do Brasil”, explica Rogério Louro, diretor de comunicação da Nissan, idealizador e coordenador do projeto.

O comboio de 14 pick-ups Frontier partiu de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Antes da largada, a surpresa foi a apresentação estática do Lendário Datsun 240Z, que deu origem à linha de esportivos Nissan Z. O modelo foi exibido no Museu do Automobilismo Brasileiro, do empresário Paulo Afonso Trevisan. É um rico acervo de carros de corrida do país, que ocupa um prédio de cinco andares ao lado do Prix Hotel Prix em Passo Fundo.

(foto: Pedro Dantas/Nissan/Divulgação)
(foto: Pedro Dantas/Nissan/Divulgação)
Os 300 km rodados no primeiro dia da expedição reservaram uma imersão em duas importantes ruínas das missões jesuíticas do Rio Grande Do Sul: São João Batista e São Miguel das Missões. Ambas são consideradas patrimônios históricos e são geridas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

As missões eram povoados indígenas criados e administrados por padres jesuítas no Brasil Colônia, entre os séculos XVII e XVIII. O principal objetivo era catequizar os índios. As duas situam-se no coração dos pampas, no oeste do Rio Grande do Sul, e são remanescências das construções em território habitado pelos guaranis.

(foto: Pedro Dantas/Nissan/Divulgação)
(foto: Pedro Dantas/Nissan/Divulgação)
Após sair de Passo Fundo, a caravana de Nissan Frontier seguiu rumo às ruínas de São João Batista. Atualmente o local abriga restos da estrutura do cemitério, da igreja e do colégio, além de estruturas complementares como olarias, barragem e estradas. Em todo o trajeto o grupo foi acompanhado por Luiz Antônio Bolcato Custódio, arquiteto e professor universitário do IPHAN, que fez explicações detalhadas sobre as ruínas dos pontos de vista histórico e de arquitetura.

De lá, o grupo seguiu para o município de São Miguel das Missões debaixo de intensa chuva que tornou os trechos sem asfalto escorregadios e enlameados. Hora de testar os controles eletrônicos, motor e tração integral 4x4 da Frontier.

(foto: Pedro Dantas/Nissan/Divulgação)
(foto: Pedro Dantas/Nissan/Divulgação)
Ao chegar em São Miguel, o grupo seguiu para o Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo cujas ruínas da igreja constituem a estrutura mais intacta e completa entre as propriedades patrimoniais do período das missões. O interior da igreja apresenta uma rica e colorida ornamentação interna, formada por entalhes, pinturas e esculturas com motivos sacros. Algumas imagens, feitas em arenito, compõem o acervo do Museu das Missões, que fica no mesmo local. À noite os expedicionários assistiram ao show de luzes nas paredes das ruínas com um interessante áudio nas vozes de Paulo Gracindo, Fernanda Montenegro e Lima Duarte. Foi uma verdadeira aula de história narrando as disputas de terras entre portugueses, espanhóis e o papel dos índios e os jesuítas naquela região.

O segundo dia foi dedicado ao deslocamento do Rio Grande do Sul à Santa Catarina. O comboio percorreu 500 km de estradas asfaltadas e trechos pesados de fora de estrada.

(foto: Pedro Dantas/Nissan/Divulgação)
(foto: Pedro Dantas/Nissan/Divulgação)
O deslocamento foi de São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul, até Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina. No trajeto, além de passar por diferentes paisagens típicas da região, o grupo teve uma experiência curiosa: um almoço dentro de uma mina de ametista, na cidade de Belvedere, com direito a visita e até protagonismo em explosão no interior da mina.

No final do dia, o grupo assistiu a uma apresentação sobre a região do Parque Nacional do Iguaçu (próximo destino) e a importância da onça pintada por Ivan Carlos Bapstiston, chefe do parque, que está sob a gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão ambiental do federal que é responsável pelos parques nacionais.

(foto: Pedro Dantas/Nissan/Divulgação)
(foto: Pedro Dantas/Nissan/Divulgação)
Em seu terceiro dia na estrada, os expedicionários saíram de Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina, em direção ao Parque Nacional do Iguaçu, na região da tríplice fronteira. Para chegar até lá, os expedicionários cruzaram a fronteira com a Argentina e seguiram para Foz de Iguaçu em percurso de mais de 150 km. O comboio percorreu o interior do lado argentino do parque até retornar ao lado brasileiro e chegar a Foz do Iguaçu, destino final da expedição, no Hotel das Cataratas. O almoço foi enriquecido com palestra sobre o esforço que tem sido feito por órgãos ambientais para elevar o número de onças pintadas naquele pedaço da Mata Atlântica, que a partir dessa expedição contou com o apoio financeiro da Nissan do Brasil. Como informou Yara Barros, técnica do projeto de preservação das onças pintadas, nos últimos anos as onças pintadas foram quase exterminadas por caçadores. Em 1994 a população do felino no parque Iguaçu era de 65 "indivíduos”, chegou a apenas 11 em 2009 e a partir de então vem paulatinamente crescendo, atingindo 28 em 2018. Yara ressaltou que a onça pintada está no topo da pirâmide da preservação ambiental. O fato de estar presente é um sinal que toda a cadeia da fauna da floresta tropical está preservada em harmonia com a natureza.

(foto: Pedro Dantas/Nissan/Divulgação)
(foto: Pedro Dantas/Nissan/Divulgação)
Assim, depois de três dias de imersão em aulas práticas sobre a história das missões jesuíticas no Brasil, sobre o papel dos índios guaranis em nossa cultura, sobre as disputas entre nossos colonizadores pelo domínio da terra, e sobre a importância da onça pintada no equilíbrio da fauna e das florestas brasileiras, sempre ao volante de um Frontier, terminou a primeira etapa da Expedição Nissan "Rota dos Patrimônios do Brasil”. Não sem antes, cansados e enlameados, tomar um banho de cachoeira, entrando literalmente debaixo das quedas d´água de Iguaçu. Um banho que ensopou o corpo e lavou a alma. A Nissan revela que outras etapas virão no decorrer de 2020: uma no centro oeste do Brasil e outra na região norte.

*O jornalista viajou a convite da Nissan do Brasil

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