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Estado de Minas SAúDE

Cuidado com o câncer: a pele tem "memória de elefante"

A incidência de melanoma, tipo mais letal de câncer de pele, vem aumentando em todo o mundo nas últimas quatro décadas. No Brasil, a doença mata, em média, quatro pessoas por dia


postado em 03/12/2014 17:41 / atualizado em 03/12/2014 18:38

Cuidado ao ficar muito tempo exposta ao sol, já que a pele 'guarda' a agressão sofrida e, com o passar do tempo, pode expor os melanomas(foto: Pixabay)
Cuidado ao ficar muito tempo exposta ao sol, já que a pele 'guarda' a agressão sofrida e, com o passar do tempo, pode expor os melanomas (foto: Pixabay)
Um só banho de sol intenso tomado sem proteção antes dos 18 anos, pode duplicar as chances de desenvolver algum tipo de câncer de pele na vida adulta, de acordo com a Fundação do Melanoma David Cornfield. Isso ocorre porque a memória da pele é como a de um elefante, nunca esquece as agressões sofridas, mesmo com o passar de muitos anos.

Cerca de quatro brasileiros morrem por dia por causa do melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele. Apesar de representar apenas 5% dos casos de tumores malignos no Brasil, o melanoma – causado por um crescimento desordenado das células produtoras de pigmentos, os melanócitos – responde pela maior parte das mortes por câncer de pele no país.

Em 2012, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 1.522 brasileiros morreram por causa da doença, sendo 893 homens e 629 mulheres. O alto índice de mortalidade está relacionado à capacidade desse tipo de tumor se espalhar para outros órgãos muito rapidamente, onde continua crescendo e destruindo o tecido, processo conhecido como metástase.

Confira abaixo a publicação especial da Turma da Mônica que trata do câncer de pele:



De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a incidência do melanoma vem aumentando nas últimas quatro décadas. Foram mais de 232 mil novos casos em todo o mundo em 2012. No Brasil, segundo dados do INCA, em 2015, o mais letal dos tumores de pele deve acometer mais 5.890 pessoas.

"Exposição prolongada a altos índices de luz solar, uma ou mais queimaduras de sol durante a infância e adolescência, e uso de máquinas de bronzeamento artificial são fatores de risco", esclarece a oncologista Marina Sahade, do hospital Sírio-Libanês, de São Paulo. Pessoas com pele e cabelos claros, sardas, histórico familiar e pessoal de melanoma e sistema imunológico enfraquecido também precisam de atenção redobrada.

"Ter uma atitude responsável com relação ao sol, pode ajudar a evitar a doença e suas formas mais graves", explica a médica. Outra recomendação importante é proteger-se dos raios ultravioletas nocivos do sol. "Usar filtro solar com fator de proteção 30 diariamente, mesmo no inverno, evitar o uso de máquinas de bronzeamento, e observar as alterações de pintas ou o surgimento de lesões na pele são atitudes que podem ajudar a prevenir a doença", completa a oncologista.

Esses cuidados devem ser aliados a exames de pele com profissionais pelo menos uma vez ao ano para as pessoas com mais de 40 anos e a cada três anos para pessoas entre 20 e 40 anos.

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