
Os cientistas aplicaram, periodicamente, o medicamento em uma mulher, de 53 anos, portadora do vitiligo. As manchas que possuía nas mãos e no rosto desapareceram dois meses após o início das aplicações. Segundo o estudo americano, que foi publicado na revista científica JAMA Dermatology, não houve efeitos colaterais.
Segundo a dermatologista Luciana Consoli, da Sociedade Brasileira de Dermatologia em Minas Gerais, outras drogas – como a que foi testada pelos pesquisadores americanos – possuem substâncias que podem, de fato, reverter o vitiligo. "Nas pessoas portadoras de vitiligo, o sistema imunológico agride e destrói células que produzem o pigmento da pele. Os medicamentos para artrite e outras doenças reumáticas agem exatamente no sistema de defesa do organismo, o que pode levar à restauração da pigmentação", explica a especialista. O problema, segundo a médica, é que esse tipo de tratamento pode ser muito agressivo e causar fortes efeitos colaterais, em alguns casos.
Ao contrário da artrite, o vitiligo não causa nenhum prejuízo à saúde. Como explica Luciana Consoli, o principal problema é a questão estética, devido à falta de pigmentação. Ela conta que, atualmente, a doença é tratada com pomadas e outras substâncias que podem ser aplicadas diretamente na pele. O uso de lasers e da fototerapia (estímulo por luzes) também apresenta bons resultados, segundo a dermatologista. "Esses tratamentos são um pouco demorados, mas melhoram muito o vitiligo", completa.