"Ao longo dos anos, existiam algumas possibilidades de avistamentos de baleias omura, mas, nada que fosse confirmado. Elas parecem viver em regiões remotas e são difíceis de serem encontradas no mar, porque são pequenas e quando respiram, não soltam tantas bolhas", diz Salvatore Cerchio, do instituto oceanográfico New England Aquarium and Woods Hole, de Boston (EUA), em comunicado à imprensa.
As omuras medem, normalmente, entre 10 e 11,5 m de comprimento, o que as deixam com metade do tamanho de suas primas, as baleias azuis – ambas pertencem à família Balaenopteridae.
A incrível descoberta foi publicada no periódico científico Royal Society Open Science. Segundo Salvatore Cerchio, que participou da pesquisa quando fazia parte da Wildlife Conservation Society (Sociedade pela Conservação da Vida Selvagem), de Nova Iorque, o primeiro avistamento da omura se deu em 2011, mas, na época, pensaram que era da espécie baleia-de-bryde, por serem parecidas. Foi, então, que perceberam as cores inconfundíveis na cabeça da baleia.
"Quando vimos claramente que a mandíbula direita era branca e a esquerda era preta, sabíamos que se tratava de um animal muito especial. O único problema é que as baleias omura não deviam estar nessa parte do oceano Índico. Elas costumam ficar no oeste do Pacífico, próximo à Tailândia e às Filipinas", conta Cerchio.
O pesquisador já planeja voltar à área do avistamento da omura para estudar melhor essas baleias e tentar entender o comportamento dessa espécie tão rara.
(com The Huffington Post)