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Estado de Minas PATRIMÔNIO

Museu da Loucura é reaberto em Barbacena após revitalização

Obras incluem a reestruturação do prédio, adequação da área física e ampliação do acervo


postado em 20/05/2016 17:09

O Museu da Loucura, que fica instalada no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, passou por uma grande reformulação e acaba de ser reaberto(foto: Anni Sieglitz/Divulgação)
O Museu da Loucura, que fica instalada no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, passou por uma grande reformulação e acaba de ser reaberto (foto: Anni Sieglitz/Divulgação)
O Museu da Loucura, pertencente à Fhemig, foi reinaugurado na quarta, dia 18 de maio, no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena (CHPB), durante uma cerimônia que contou com a presença de diversos convidados, como autoridades mineiras, servidores da área de saúde mental, professores e estudantes universitários. A data escolhida para a reabertura foi especial, já que no dia 18 de maio são comemorados o Dia Internacional dos Museus e o Dia Nacional da Luta Antimanicomial.

Para Jorge Nahas, presidente da Fhemig, o novo Museu da Loucura representa a vitalidade, humanidade e capacidade de superação e reinvenção de seus servidores e de todos os trabalhadores de saúde mental. "O museu tem um enorme valor, não apenas pelo seu acervo, mas por simbolizar a luta dos trabalhadores, a conquista de direitos e o avanço nas questões do trato do indivíduo de saúde mental. Esta nova visão é uma conquista humana, extremamente significativa", avalia Nahas.

O Museu da Loucura passou por uma intensa revitalização, que incluiu a reestruturação do prédio, adequação da área física e ampliação do acervo. Desde junho de 2014, o local estava fechado para visitas. Segundo Lucimar Pereira, coordenadora do museu e integrante da comissão de restauração, logo nas primeiras reuniões do grupo foi discutido que uma ampliação do conceito museológico era necessária, mostrando a evolução que a psiquiatria vinha trilhando. "Incluímos informações sobre a trajetória da luta manicomial e da reforma psiquiátrica no acervo, já que o museu tinha o papel de mostrar este segmento da história", conta Lucimar.

Segundo Edson Brandão, subsecretário de Cultura de Barbacena e historiador responsável pelo projeto museológico, com esta nova configuração, conseguiu-se abordar as transformações, para que o museu não ficasse preso apenas ao passado. "O museu antigo, ao mostrar a trajetória da instituição, era uma retratação daquilo que não deveria ocorrer, mas é necessário que o visitante perceba que há um futuro, e que foi representado pelos serviços substitutivos", explica o especialista.

Com o objetivo de oferecer uma melhor experiência ao visitante, foram adicionados recursos tecnológicos, que modernizaram o circuito expositivo do Museu da Loucura. "O museu está mais sensorial, e mais emocional também. Com recursos simples, mas impactantes, conseguimos mostrar a história por meios diferentes de fotos e textos. Vê-se e ouve-se muito", completa o historiador e artista plástico.

Histórico

O Museu da Loucura foi criado em 16 de agosto de 1996 – em 2016, completam-se 20 anos de fundação –, por meio de uma parceria entre a Fhemig, CHPB e a Prefeitura Municipal de Barbacena. Desde sua criação até os dias atuais, somam-se 131.156 visitantes registrados no livro de assinaturas. O acervo é constituído de textos, fotografias, documentos, objetos, equipamentos e instrumentação cirúrgica, que relatam a história do tratamento ao portador de sofrimento mental.

(com Agência Minas)

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