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Estado de Minas INTERNACIONAL

França mantém o veto ao 'burkini' por considerar uma 'escravização' da mulher

Primeiro ministro francês apoia a proibição do uso da vestimenta muçulmana nas cidades costeiras


postado em 17/08/2016 18:32

As cidades de Cannes e Villeneuve-Loubet e a ilha de Córsega, todas na França, proibiram as muçulmanas de usarem o
As cidades de Cannes e Villeneuve-Loubet e a ilha de Córsega, todas na França, proibiram as muçulmanas de usarem o "burkini" nas praias (foto: Ebay/Reprodução)
Depois da proibição ao uso do chamado "birkini" (mistura de burka com biquini), roupa de banho usada por mulheres muçulmanas que deixa à mostra apenas o rosto, as mãos e os pés, nas cidades costeiras de Cannes e Villeneuve-Loubet, na França, o primeiro ministro francês Manuel Valls se mostrou totalmente favorável à restrição.

Segundo Valls disse em entrevista ao jornal francês La Provence, o burkini não é uma nova moda ou estilo de traje de banho – e vai contra a laicidade do estado. "É a tradução de um projeto político antissocial fundamentado principalmente na ideia de escravização da mulher. Não aceito essa ideia arcaica que, por natureza, as mulheres seriam impuras, despudoradas e, por isso, deveriam estar totalmente cobertas. Isso não é compatível com os valores da França e da república", comenta o primeiro ministro francês ao jornal.

Manuel Valls reforça seu apoio à atitude das cidades que fazem parte da chamada Costa Azul da França e também da ilha de Córsega, que proibiram o uso do polêmico burkini.

Vale lembrar que desde 2011 as muçulmanas francesas já estão proibidas de sairem às ruas usando a burka (vestimenta que cobre o corpo todo, inclusive o rosto) ou o niqab (roupa que deixa apenas os olhos visíveis).

Em relação ao burkini, o primeiro ministro não acredita que seja necessário criar uma lei federal para a proibição desse tipo de traje de banho. "A regulamentação oficial com restrições de vestimentas não pode ser uma solução", diz Valls ao La Provence. Mantendo um discurso nada moderado, ele reclama que as muçulmanas na França são "reféns" dos grupos que exigem o uso dessa roupa.

Ao contrário do premiê francês, o ministro do Interior da Itália, Angelino Alfano, se mostrou contrário à proibição do uso do burkini, porque, para ele, isso pode ser considerada uma "provocação capaz de gerar atentados".

(com Agência Télam)

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