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Estado de Minas BEM-ESTAR

Ronco também pode ser tratado com exercícios simples, sabia?

Normalmente, são necessárias 10 sessões de atividades musculares e respiratórias acompanhadas por um fonoaudiólogo


postado em 02/09/2016 11:03

(foto: Flickr/Creative Commons/Reprodução)
(foto: Flickr/Creative Commons/Reprodução)
Muito comum, o ronco interfere na qualidade do sono de uma em cada três pessoas. Esse problema é responsável por situações constrangedoras e até problemas conjugais. Entre as diferentes formas de tratamento, destaque para exercícios simples, que podem ajudar a reverter a dificuldade respiratória.

"Exercícios para prevenir ou até mesmo tratar o ronco deveriam ser tão importantes como ir à academia para fazer atividades físicas", diz a fonoaudióloga Paula Brito, membro da Associação Brasileira do Sono. A especialista explica que são 10 sessões de 30 minutos de exercícios musculares e respiratórios acompanhados por um profissional, e associados a treinos de manutenção realizados em casa. Quando o problema está ligado à obesidade, à flacidez muscular e a hábitos inadequados, o tratamento, normalmente, precisa ser feito junto a dietas, exercícios musculares e aparelhos intraorais.

Segundo estimativas, os homens adultos correspondem a 40% dos roncadores, ficando as mulheres com 30%. O problema atinge três vezes mais os obesos. A idade também é um fator crucial para o distúrbio, já que em 60% dos casos está presente no sono de pessoas com mais de 55 anos. "O ronco é um ruído provocado pela vibração nos tecidos moles localizados dentro da boca, como língua, palato mole e úvula, ao respirarmos durante o sono. Pode estar associado ao envelhecimento, como também a hábitos inadequados como mastigação unilateral, ingestão de líquidos enquanto mastiga e respirar pela boca", esclarece Paula Brito.

Ainda segundo a fonoaudióloga, o ronco é preocupante porque pode esconder um problema ainda mais grave chamado apneia do sono. "A apneia pode ser uma consequência dessa flacidez, que não foi cuidada a tempo, e avançou para uma parada respiratória total durante o sono, que dura mais de 10 segundos, e pode ocorrer diversas vezes durante a noite sem que a pessoa perceba", alerta a especialista. A apneia do sono traz sérios problemas à saúde do individuo com o passar dos anos. E um dos principais sintomas da sua existência é a sensação de "noite mal dormida e sonolência diurna".

O ideal para quem sofre com o ronco é consultar um otorrinolaringologista para ver se existe alguma obstrução respiratória mais grave, que necessite de intervenção médica. "Se o profissional indicar a fonoaudióloga, é importante que o paciente já tenha realizado o exame de polissonografia para sabermos se o diagnóstico é apenas de ronco. Caso tenha apneia do sono, dependendo da gravidade, nosso tratamento passa a ser complementar a outras técnicas, como aparelhos intraorais e até mesmo cirurgias", diz Paula Brito.

O ronco também pode ser tratado sem o uso de aparelhos, desde que não possua apneia do sono avançada, e a pessoa deve estar disposta a mudanças de alguns hábitos. Segundo a fonoaudióloga, algumas dicas da chamada higiene do sono devem ser seguidas como, por exemplo, não comer próximo ao horário de dormir, evitar consumo frequente de álcool, fazer uso controlado de medicamentos como relaxantes musculares – sob indicação médica –, evitar dormir de barriga para cima, controlar o peso, ter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas (incluindo exercícios para a musculatura de garganta e face).

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