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Estado de Minas ESTÉTICA

Botox também pode ser usado para corrigir o 'sorriso gengival'

Se você não está feliz com o excesso de gengiva que aparece em seu sorriso, é possível apelar para a toxina botulínica


postado em 23/01/2017 08:03

Apesar de não ser uma correção, a toxina botulínica pode ajudar a reduzir os efeitos do
Apesar de não ser uma correção, a toxina botulínica pode ajudar a reduzir os efeitos do "sorriso gengival" sem a necessidade de intervenção cirúrgica (foto: Pixabay)
Um sorriso bonito tem tanto poder em determinadas situações, que não se pode abrir mão desse recurso importante nos relacionamentos pessoais e profissionais. Mas, que critérios são usados para classificar um sorriso? De acordo com o cirurgião-dentista José Peixoto Ferrão Junior, o sorriso ideal é resultado de um equilíbrio entre a exposição dos dentes e da gengiva durante a contração dos músculos em torno da boca. Sendo assim, importa avaliar não só a cor, forma e a posição dos dentes, como também a quantidade de gengiva aparente e sua coloração.

"As gengivas podem comprometer bastante o sorriso. Quando olhamos diretamente para alguém, a simetria dos lados direito e esquerdo do rosto torna a fisionomia mais harmônica. Também a gengiva desempenha um papel fundamental nessa composição. Sua cor deve combinar com o tom da pele e a porção da gengiva que fica aparente num sorriso espontâneo faz toda a diferença no resultado final", comenta Ferrão Junior. O que nem todo mundo sabe é que é possível corrigir esse aparente excesso de gengiva.

De acordo com o especialista, o sorriso deve mostrar todo o esmalte dos dentes, mas não suas raízes. As pessoas também devem ter cuidado em relação a pontos de inflamação ou sangramento, bem como garantir que as papilas (porção de gengiva que preenche o espaço entre os dentes) estejam bem preservadas. Quando há um excesso de gengiva num sorriso, temos o conhecido "sorriso gengival". "Assim que o diagnóstico de 'sorriso gengival' é feito, devemos avaliar a modalidade de tratamento que melhor se adapta ao paciente. Uma técnica minimamente invasiva muito usada hoje em dia é o uso da toxina botulínica tipo A. Ao impedir a contração dos músculos, ela impede que a gengiva se evidencie sempre que o paciente sorrir. Trata-se de uma excelente alternativa ao tratamento cirúrgico", esclarece Ferrão Junior.

O cirurgião-dentista explica ainda que os efeitos da toxina botulínica (popularmente conhecido como Botox) são temporários, podendo durar entre três e seis meses, dependendo da resposta do paciente. Entretanto, a reaplicação não deve acontecer antes dos seis meses. "Depois desse período, ocorre um retorno da função neuromuscular. Portanto, o tratamento com toxina botulínica não pode ser considerado curativo, mas uma abordagem paliativa para a gestão do problema. Por outro lado, outra grande vantagem dessa técnica é o fato de ser totalmente reversível. Com isso, a aplicação da toxina botulínica tipo A nos consultórios odontológicos tem sido cada vez mais usada, tanto na correção do sorriso gengival, quanto em casos de outros problemas, como assimetrias faciais e bruxismo", explica o especialista.

Quando o paciente opta por uma intervenção definitiva, cirúrgica, se submetendo a uma gengivoplastia, é possível mudar desde a cor dos tecidos gengivais até a posição dos lábios. Em casos extremos, pode ser necessário remover tecido ósseo para se reposicionar a gengiva de forma adequada. Trata-se de um recurso invasivo e demanda tempo de recuperação do paciente. Portanto, em conjunto com o o cirurgião-dentista, é possível escolher a abordagem de tratamento mais adequada.

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