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Estado de Minas BEM-ESTAR

Cuidado com picadas de cobras e escorpiões nesta época do ano

O calor e a chuva, típicos do Verão, fazem com que os animais peçonhentos invadam residências e causem acidentes


postado em 04/01/2017 14:05

Como orienta o médico do Instituto Butantan, em caso de acidente com escorpião ou cobra, é preciso buscar ajuda médica o quanto antes(foto: Pixabay)
Como orienta o médico do Instituto Butantan, em caso de acidente com escorpião ou cobra, é preciso buscar ajuda médica o quanto antes (foto: Pixabay)
Nesta época do ano, de forte calor e muita chuva, aumentam os casos envolvendo ataques de animais peçonhentos, principalmente escorpiões e serpentes. Na verdade, acidentes provocados por escorpiões são relativamente comuns, chegando a mais de 90 mil por ano no Brasil. A picada desse aracnídeo provoca forte dor no local, pode apresentar sudorese e um certo vermelhidão. Todavia, em mais de 95% dos casos, a picada se restringe à dor e evolui de forma benigna. Ocorre, porém, que uma porcentagem mínima (em torno de 3% a 5%) das pessoas pode desenvolver um quadro mais grave, apresentando desde sintomas como náuseas, vômitos, sudorese profusa até acometimento cardiorrespiratório, levando à edema aguda de pulmão e choque, não raro resultando em morte.

Por isso, o melhor a fazer em caso de picada de escorpião é a pessoa atacada passar algumas horas em observação em um hospital, a fim de que se possa observar  sua evolução e se haverá necessidade de administrar o soro específico para esse caso. A orientação é de Carlos Roberto de Medeiros, diretor médico do Hospital Vital Brazil, do Instituto Butantan. Ele lembra que a preocupação maior deve ser com as crianças, particularmente vulneráveis aos efeitos dos ataques dos escorpiões (60% das vítimas fatais situam-se abaixo dos 14 anos).

"Em relação aos acidentes com serpentes, 90% deles são causados por jararacas, uma espécie particularmente agressiva, cujo veneno provoca um processo inflamatório local e interfere na coagulação do sangue, levando a sangramentos", diz Medeiros. O especialista esclarece que não se deve amarrar o local da picada, nem cortar ou furar na tentativa de extrair o veneno, pois são ações que, além de não ajudar em nada, podem levar a complicações. "O ideal é manter a calma e lavar o local com água e sabão, antes de procurar o auxílio médico mais próximo para que ao indivíduo seja administrado o soro antiofídico", completa o médico.

Quanto mais tempo o paciente passar sem atendimento, mais graves serão as consequências dos efeitos do veneno no organismo, daí a importância de um auxílio médico rápido e eficiente.

(com Jornal da USP)

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