De acordo com a empresa BeeCâmbio, é importante entender que um país pode adotar dois regimes diferentes de câmbio: o flutuante e o fixo. No primeiro caso, o mercado é quem define, livremente, o valor da moeda local em relação às estrangeiras, ou seja, a cotação varia de acordo com a oferta e a procura. Este é o método adotado no Brasil.
Já em relação ao câmbio fixo, quem é responsável pelo valor da taxa é o próprio país. Ou seja, para manter o valor da moeda estrangeira dentro de um parâmetro desejável, o banco central do país vende e compra a moeda no mercado internacional.
A partir desse conceito, e levando em conta que ambas têm relação direta com a cotação do câmbio em um país, é possível explicar a diferença entre dólar comercial e turismo:
- Dólar comercial: é o valor base da moeda no mercado. Essa taxa é utilizada no pagamento ou recebimento de recursos provenientes de exportações e importações de bens e serviços no Brasil. Em outras palavras, o câmbio comercial é utilizado em transações que não exigem a troca de dinheiro físico (papel-moeda). É o que acontece também quando se faz compras na internet, em sites internacionais
- Dólar turismo: pode ser calculado com base no dólar comercial ou na cotação da moeda em relação ao real. Ela é mais cara em relação à cotação do câmbio comercial, pois além do valor base, incorpora todos os custos envolvidos, desde a importação do papel-moeda do país de origem até a disponibilidade nas casas de câmbio. Por conta disso, o custo de ter uma moeda física é proveniente do valor do câmbio turismo, já que contempla os gastos de todo o processo
Também é importante saber que, no câmbio turismo, as moedas consideradas mais "exóticas" têm um valor ainda mais alto em relação ao câmbio comercial. Isso acontece porque o risco de manter em estoque essas moedas menos negociadas no mercado é alto, o que faz com que sejam compradas em menores quantidades, elevando o preço.