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Estado de Minas BEM-ESTAR

Estudo comprova que animais podem ajudar contra ansiedade e outros problemas

Por meio da Pet Terapia, idosos tiveram melhora em várias doenças, incluindo hipertensão e Mal de Alzheimer


postado em 25/04/2017 09:50

Como mostra o artigo científico publicado na Revista de Medicina, da USP, o pet pode ser um ótimo
Como mostra o artigo científico publicado na Revista de Medicina, da USP, o pet pode ser um ótimo "remédio" para idosos, crianças e pessoas com problemas graves como esquizofrenia e hipertensão (foto: Pixabay)
A Terapia Assistida por Animais, popularmente conhecida como Pet Terapia, é um tratamento auxiliar para diversos tipos de doenças e comprovadamente desencadeadora de "bem-estar, saúde emocional, física, social e cognitiva" em pacientes psiquiátricos, hospitalizados e idosos que vivem em asilos. Nesse tratamento, o animal é "o principal agente da terapia, que funciona como ponte de ligação entre o tratamento e o paciente", afirmam os autores de um artigo científico publicado na Revista de Medicina, da USP. O estudo foi realizado em uma casa de repouso em Vila Velha, no Espírito Santo, com 25 idosos hipertensos, no intuito de avaliar a influência da "terapia animal" na pressão arterial dos mesmos, no período imediato "às alterações físicas, cognitivas, doenças agudas ou crônicas, perda do cônjuge ou filho, perda de apoios sociais, pobreza, gerando dependência na realização das atividades da vida diária e locomoção".

A Pet Terapia é uma técnica terapêutica que conta com os animais como apoio para o tratamento de pessoas portadoras de problemas de saúde, "estimulando tanto o aspecto físico quanto o emocional, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas e acelerar os processos de recuperação", afirmam os autores do estudo. Essa terapia é indicada, sobretudo, como alternativa que dispensa medicamentos para a hipertensão, doença comum nos idosos. Os animais, de acordo com os pesquisadores, mostram-se verdadeiros "antídotos" contra o estresse e a ansiedade, fatores que muito contribuem para o surgimento das doenças cardiovasculares.

O tratamento aposta no estímulo sensorial do tato para despertar a autoestima e a sensibilidade, na relação integradora das pessoas com os animais, seja falando com eles, seja tocando-os – é assim que a ansiedade, a frequência cardíaca e a pressão arterial diminuem. Os cachorros e os cavalos são os campeões quando o assunto é terapia com bichos para beneficiar seres humanos, segundo os autores do artigo. Os pets são eficazes para ajudar no tratamento da demência senil, do Mal de Alzheimer, da esquizofrenia, na reabilitação de idosos, no tratamento para transtornos psicossociais, para crianças e adultos hospitalizados, e também na redução do colesterol, pressão sanguínea e estresse.

Na pesquisa, foram realizadas sessões de Pet Terapia semanais, com duração de uma hora, durante quatro meses, e mostrou resultados bem positivos na amenização dos sentimentos de inutilidade, de incapacidade, da dor e da solidão que acometem, em geral, os idosos. Os autores citam outros estudos nos quais a terapia com animais aliou-se a atividades físicas como caminhadas e passeios, gerando benefícios físicos e emocionais, momentos de relaxamento e alegria, em uma integração de corpo e alma com os animais, o que propicia a redução da pressão arterial.

"A sensação de felicidade com a chegada dos animais era evidente com a presença de sorrisos notados em cada idoso. As sessões de Terapia Assistida por Animais promoveram momentos de tranquilidade e descontração entre os idosos e toda a equipe de saúde participante", diz o artigo publicado na Revista de Medicina, da USP.

(com Jornal da USP)

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