
O novo brinquedo possui diversos formatos – o mais conhecido é o de três pontas. Facilmente encontrado em sites de produtos importados, como o brasileiro Mercado Livre e os americanos eBay e Amazon, o fidget spinner vem ganhando popularidade nos últimos meses porque, de acordo com os vendedores, ele seria capaz de aliviar sintomas do estresse e, até mesmo, de transtornos mais graves como o autismo e o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
No entanto, as informações dadas por quem vende o produto nem sempre condizem com a realidade. O portal de notícias científicas LiveScience decidiu analisar o tema, e encontrou opiniões divergentes sobre a eficiência dos fidgets spinners. "É mais provável que esses objetos sirvam como uma distração, mas, não proporcionam nenhum benefício para quem possui TDAH", diz o psicólogo Mark Rapport, da Universidade da Flórida Central, em entrevista ao LiveScience.
Por outro lado, a terapeuta ocupacional pediátrica Claire Hefron defende a utilização do objeto. "Os fidget spinners não devem ser considerados como brinquedos, mas sim, como ferramentas importantes para melhorar a hiperatividade", comenta a especialista ao jornal americano The Washington Post.
Problema nas escolas
A polêmica entorno da eficiência do produto foi parar nas salas de aula dos Estados Unidos. De acordo com o LiveScience, várias instituições americanas de ensino estão proibindo a utilização do objeto dentro de suas dependências, por causar distração nos alunos e atrapalhar o desempenho escolar.
Já os pais de alunos com autismo e TDAH, que estudam nessas escolas, alegam que seus filhos melhoraram o comportamento após começarem a utilizar os fidget spinners. Na reportagem, o portal científico reproduziu, ainda, o depoimento de Miriam Gwynne, mãe de uma criança autista de 8 anos. "Quando as escolas decidem banir brinquedos sensoriais, como esses, eles correm o risco de isolar as próprias crianças que passaram anos tentando serem incluídas", argumenta a americana ao site Autism Awareness.