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Estado de Minas BEM-ESTAR

Mau cheiro está ligado à genética, segundo cientista americano

George Preti descobriu que nosso corpo libera moléculas específicas que são degradadas pelas bactérias e causam o cheiro típico do suor


postado em 16/05/2017 12:52

O cheiro do suor é característico de cada pessoa, já que está ligado à genética, segundo um cientista americano(foto: Pixabay)
O cheiro do suor é característico de cada pessoa, já que está ligado à genética, segundo um cientista americano (foto: Pixabay)
"Nossa, como você está cheiroso". Quem não gosta de ouvir esse elogio? Nestas horas, sempre nos lembramos do sabonete, do xampú, do desodorante e, principalmente, daquele perfume que não pode faltar no dia a dia. Tudo isso é o que mantém nossa higiene corporal em dia, mas, também, é o que nos deixa cheirosos e longe dos maus odores, consequentemente.

Por outro lado, é só esquecer o desodorante ou, por algum motivo, transpirar mais do que o normal, para começar o desespero e o medo de que o corpo passe a cheirar mal. No entanto, não se culpe por isso. Afinal, de acordo com um cientista americano, os odores que nosso corpo expele estão diretamente relacionados à genética.

O químico orgânico George Preti, do Centro de Sentidos Químicos Monell, localizado na cidade americana de Filadélfia, estudou a origem dos cheiros exalados pelo nosso organismo. Ao iniciar a pesquisa, ele já sabia que algumas moléculas produzidas pelo corpo são quebradas por bactérias presentes na pele, causando os odores. A novidade é que o pesquisador descobriu que essas moléculas são criadas pelo próprio corpo humano, levando em conta a genética de cada pessoa. Ou seja, o cheiro de cada um de nós é único e não tem a ver somente com a higiene.

O especialista esclarece que estudos anteriores, realizados em animais, comprovaram que os odores corporais podem ter uma função importante na reprodução das espécies, auxiliando, de certa forma, a transmissão dos genes para os descendentes.

Glândulas e sudorese

Apesar do fator genético, recém-descoberto, George Preti reforça que a utilização de antitranspirantes é fundamental para evitar o mau cheiro do corpo. Isso porque, ao transpirarmos, expelimos as moléculas que interagem com as bactérias, criando os odores desagradáveis. Logo, se suamos menos, as chances de surgir um mau cheiro é menor.

O químico esclarece, ainda, no estudo, que foi divulgado pelo portal americano de notícias HuffPost, que o corpo humano possui dois tipos de glândulas sudoríparas: écrinas e apócrinas. As écrinas estão presentes em toda a superfície da pele e são responsáveis por secretar um tipo de suor composto basicamente de água – sua função primária é reduzir a temperatura corporal. Já as apócrinas, se localizam, principalmente, nas axilas e liberam suor com substâncias descartadas pelo corpo, incluindo as moléculas de proteína causadoras dos maus odores.

Não é tão ruim...

O especialista do Centro de Sentidos Químicos Monell afirma que, quando sentimos mau cheiro vindo do próprio corpo ou de outras pessoas, o odor não é tão ruim quanto parece. "Eu cheirei muitas roupas de pessoas que entraram em nosso laboratório dizendo que têm o pior cheiro do mundo. Analisamos estes odores utilizando uma escala de classificação e, posso afirmar: quase nunca é ruim", comenta George Preti em entrevista ao HuffPost.

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