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Estado de Minas COMPORTAMENTO

Peso da responsabilidade de evitar a gravidez não deve ser só da mulher, diz especialista

A sexóloga lembra que o uso do anticoncepcional e os dramas pessoais da mulher podem gerar problemas físicos e psicológicos


postado em 08/05/2017 13:18

Os medicamentos contraceptivos, ao serem usados por longos períodos, podem acarretar em problemas físicos e psicológicos para as mulheres(foto: Pexels)
Os medicamentos contraceptivos, ao serem usados por longos períodos, podem acarretar em problemas físicos e psicológicos para as mulheres (foto: Pexels)
Muitas mulheres sabem que os anticoncepcionais podem trazer efeitos colaterais indesejado. O uso contínuo das pílulas está associado à perda da libido, ao inchaço e a algumas doenças, como a trombose. Também há outros fatores agravantes, tanto na vida sexual quanto na vida pessoal da mulher, segundo a psicóloga e sexóloga Priscila Junqueira.

"Ao ficar focada somente em evitar uma possível gravidez, a mulher pode vir a perder o real significado do sexo para ela, acabando por generalizar a relação de uma forma não saudável, por carregar a responsabilidade de evitar a gravidez sozinha, além de também impedir que a mulher chegue ao orgasmo por inúmeros motivos possíveis", afirma a especialista.

Uma grande parte das mulheres possui um pensamento machista que somente elas têm a responsabilidade de prevenir a gravidez indesejada, seja tomando pílulas ou usando qualquer outro tipo de contracepção.

Para a sexóloga, esse tipo de pensamento pode ser muito prejudicial ao relacionamento, pois pode trazer conflitos, justamente por não haver respeito em relação à diversidade e à individualidade de cada mulher.

Essa responsabilidade exagerada e o medo de engravidar podem gerar problemas psicológicos como crises de ansiedade, inferioridade e autovitimização, ao achar que aquilo que ocorre é de sua responsabilidade – não só ao evitar a gravidez. Além dos problemas sexuais e conjugais.

Uma boa notícia é que já existem estudos para a criação de um medicamento "contraceptivo" masculino, que já está em fase de testes. Esse tal "anticoncepcional masculino" é uma espécie de vasectomia reversível injetável.

Para a especialista, a aprovação desse método seria um grande avanço, pois deixaria de colocar a responsabilidade de uma gravidez indesejada como atribuição da mulher. "Ao ter outras opções, o homem passa a poder escolher junto da mulher o que é melhor para os dois como um casal", comenta Priscila Junqueira.

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