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Estado de Minas MEIO-AMBIENTE

Jardim Botânico de Belo Horizonte possui 120 espécies de suculentas, sabia?

Mandacaru, babosa, espada-de são-jorge e ora-pro-nóbis são alguns dos exemplares mais conhecidos


postado em 06/06/2017 08:53

Entre as suculentas, as mais conhecidas são as da família das cactáceas, como a palma (foto), o mandacaru e a babosa(foto: Suziane Fonseca/FZB-BH/Divulgação)
Entre as suculentas, as mais conhecidas são as da família das cactáceas, como a palma (foto), o mandacaru e a babosa (foto: Suziane Fonseca/FZB-BH/Divulgação)
Construído em uma área de 2,1 mil m², o jardim de plantas suculentas do Jardim Botânico da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte (FZB-BH) tem cerca de 120 espécies de plantas do Brasil e de vários países, que se destacam não só pela beleza, mas também pelas propriedades medicinais, cosméticas e alimentícias.

Algumas delas são bem populares, como a babosa, o mandacaru, o ora-pro-nobis, as palmas, a espada-de-são-jorge e o bálsamo. Ou ainda a onze-horas, a cadeira-de-sogra, o cacto-porco-espinho e a orelha-de-elefante.

Na nomenclatura botânica, o grande grupo de plantas suculentas é dividido em várias famílias. Nelas, as plantas são relacionadas de acordo com características específicas. Uma das famílias mais conhecidas é a Cactaceae, que, como o próprio nome sugere, é a denominação científica do subgrupo dos cactos. No jardim da FZB-BH existem 24 espécies de cactáceas, que, ao longo do ano, mostram o colorido das pétalas em diversas ocasiões.

De acordo com Inês Ribeiro, bióloga do Jardim Botânico, a principal característica das plantas suculentas é ter estratégias para resistir a ambientes hostis. Conhecidas pela capacidade de armazenar água na raiz, no caule ou nas folhas, essas plantas resistem a situações adversas, como as altas temperaturas, a baixa umidade e a insolação intensa. A especialista afirma que a maioria delas sobrevive dias, e até semanas, sem água.

"Por sua beleza, durabilidade, fácil propagação e cultivo, as plantas suculentas são bastante procuradas, especialmente para a decoração de ambientes em espaços reduzidos", afirma a bióloga.

Conservação

Segundo Carlos Alberto Ferreira, jardineiro da seção de botânica aplicada da FZB-BH, atualmente, a coleção de plantas vivas do Jardim Botânico possui cerca de 150 espécies, que servem como matriz em caso de necessidade de reposição dos exemplares disponíveis para apreciação dos visitantes. "Além de possibilitar a reposição, essas espécies são destinadas a importantes pesquisas científicas. É preciso considerar que, depois das orquídeas, as suculentas são as mais colecionadas", destaca o jardineiro.

Assim como ocorre com vários outros grupos de plantas, as suculentas também sofrem com a coleta predatória e a destruição de seus ambientes de origem. Isso faz com que a pressão pela preservação dessas espécies aumente a cada dia. Daí a importância de coleções como a do Jardim Botânico de BH continuarem a ser ampliadas e melhoradas por meio de parcerias com instituições públicas e privadas.
O Jardim Botânico de Belo Horizonte investe também na constante reprodução das 120 espécies de suculentas(foto: Suziane Fonseca/FZB-BH/Divulgação)
O Jardim Botânico de Belo Horizonte investe também na constante reprodução das 120 espécies de suculentas (foto: Suziane Fonseca/FZB-BH/Divulgação)

Curiosidades

Quem já provou um frango ou uma costelinha com ora-pro-nobis sabe que a planta compõe muito bem o prato, mas, talvez, não saiba que ela é um tipo de cacto, com alto teor de proteína.

A babosa, por sua vez, é uma das mais tradicionais plantas medicinais que se conhece. Ela é um excelente cicatrizante para a pele e muito utilizada, até hoje, no tratamento da queda de cabelo e no combate a doenças do couro cabeludo.

O mandacaru, por sua vez, pode ser consumido em pedaços ou em sucos, conforme tradição vista em comunidades do interior de Minas e do nordeste do país, além de ser uma "iguaria" para aves que não resistem ao colorido e saboroso fruto. Já as palmas têm grande importância para os povos que vivem nas regiões áridas, pois são fonte de alimento para o gado na época da seca.

(com assessoria da Fundação Zoo-Botânica)

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