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Estado de Minas CIÊNCIA

Cientistas conseguem bons resultados de vacina contra câncer de pele

As pesquisas ainda são iniciais mas já se mostram eficazes


postado em 07/07/2017 14:53

Ao invés de um antígeno enfraquecido, a vacina contra o melanoma tem como alvo o tipo de mutação presente na célula cancerosa(foto: Manuella Brandolff/Palácio Piratini/Divulgação)
Ao invés de um antígeno enfraquecido, a vacina contra o melanoma tem como alvo o tipo de mutação presente na célula cancerosa (foto: Manuella Brandolff/Palácio Piratini/Divulgação)
Um paciente que luta contra o câncer deve estar sempre acompanhado da palavra esperança. Devido à complexidade da doença, as pesquisas sobre o tratamento dos tumores malignos precisam estar associadas à peculiaridade de cada caso. Neste sentido, dois estudos foram publicados na edição de julho da revista britânica Nature, mostrando a viabilidade da produção de vacinas personalizadas contra o melanoma, tipo mais agressivo de câncer de pele. Embora ainda precoce, os resultados se mostraram promissores.

As pesquisas foram realizadas pelo Instituto Dana-Farber, que fica em Boston, nos Estados Unidos, e pela Corporação Biofarmacêutica Novas Tecnologias (BioNTech), em Mainz, na Alemanha. Em ambos os testes a ideia era induzir uma resposta do próprio organismo para "vencer" as células cancerosas, adotando o mesmo princípio de uma vacina comum. Um antígeno enfraquecido é injetado no corpo para gerar anticorpos. Porém, neste caso, ao invés de um miro-organismo, a ação é contra o tumor que está sujeito a mutações distintas, que variam de acordo com o paciente.

Os cientistas fizeram a análise genética do tumor de cada participante – foram 13 no estudo americano e seis no alemão – e identificaram as variantes do DNA da célula cancerosa. Em alguns casos, as vacinas personalizadas ativaram células capazes de destruir o tumor. Quatro dos seis participantes tratados no estudo europeu não tiveram recorrência durante os 25 meses de acompanhamento, enquanto os outros dois precisaram ser tratados com uma terapia biológica. Quando a vacina não conseguiu destruir as células afetadas pelo câncer, conseguiu reduzir o tamanho do tumor.

O objetivo dos testes, no entanto, não foi verificar a eficácia da vacina, mas avaliar o nível de segurança e a viabilidade do tratamento. A estratégia ainda está distante de se tornar uma realidade e são necessárias novas etapas, com maior número de pacientes. Outro desafio dos cientistas diz respeito ao alto custo dos medicamentos.

(com LiveScience)

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