Apesar disso tuodo, a agricultura ainda é recheada de preconceitos e falta de informação, especialmente em relação aos fertilizantes – não confundir com os temidos agrotóxicos. Sejam minerais ou orgânicos, os suplementos das plantas são compostos que desempenham função primordial no desenvolvimento dos vegetais: fornecem ao solo os nutrientes que eles necessitam para germinar e produzir folhas, sementes e frutos. O uso consciente e o emprego de técnicas agrícolas adequadas são a chave para o aumento da produtividade agrícola e, consequentemente, a redução do custo dos alimentos.
Como mostra Luís Ignácio Prochnow, diretor do Instituto Internacional de Nutrição de Plantas do Brasil, é preciso saber diferenciar fertilizante de agrotóxico. O primeiro tem a função de fornecer nutrientes para o desenvolvimento das plantas enquanto o segundo, também denominado de defensivo agrícola, visa proteger as plantações contra o ataque de doenças e pragas.
Outra dúvida recorrente diz respeito aos termos fertilizante e adubo. Eles são sinônimos, e representam os compostos químicos que podem ser encontrados na forma orgânica ou inorgânica, dependendo da origem. "Tudo ou quase tudo que você utilizar de forma inadequada pode trazer problemas e, com os fertilizantes, não é diferente. Desde que se adote um manejo com critério, haverá aumento de produtividade e de lucratividade na atividade agrícola, com maior sustentabilidade da produção e, inclusive, maior qualidade nutricional dos produtos, sem causar problemas ao ambiente", comenta Luís Prochnow.
O especialista lembra que todo ser vivo necessita de nutrientes, e os fertilizantes são compostos que, quando utilizados corretamente, proporcionam maior qualidade aos produtos agrícolas. Com o fornecimento de suplementação em quantidades adequadas e balanceadas para as plantas, dentro de um programa agronômico eficiente, há maior qualidade nutricional e, consequentemente, maior benefício para os consumidores.
Segundo Prochnow, os fertilizantes são responsáveis por cerca de 50% da produção mundial de alimentos, ou seja, sem eles haveria menor quantidade de comida para a população, o que levaria a problemas graves como fome e desnutrição.