Atualmente, o acervo das plantas vivas do jardim botânico é composto por espécies nativas de florestas tropicais, como a Mata Atlântica e Amazônia; plantas da caatinga, do cerrado e dos campos rupestres. A coleção também conta com plantas aquáticas, exóticas (que não são nativas do Brasil) e sem procedência (doadas por colecionadores ou que não possuem dados de origem da coleta).
Ao todo, são quatro mil registros, sendo que muitas dessas plantas são ameaçadas de extinção, como algumas espécies de orquídeas, cactus e bromélias. De acordo com Carlos Alberto Ferreira Júnior, jardineiro da seção de Botânica Aplicada, todas as plantas estão organizadas em um banco de dados disponível para acesso ao público, por meio de uma plataforma que permite o acesso aos dados como família, gênero, espécie e nome popular. Além disso, em alguns casos, é possível consultar dados de cultivo, a cor da flor, as características e condições dos exemplares.
"Costumamos brincar que os dados das plantas são mais importantes que elas próprias, pois uma planta sem informações sobre local de coleta, por exemplo, não significa nada para uma coleção científica. É importante destacar também que os dados taxonômicos e outras informações sobre as espécies são sempre atualizados. E toda planta que chega é colocada sequencialmente no banco de dados", afirma Ferreira Junior.
O funcionário do jardim botânico diz ter uma preferência pela Velloziaceae, uma família de plantas que ocorre em Minas Gerais, principalmente na Serra do Espinhaço. "É preciso destacar que 70% das espécies ocorrem no estado. Muitas delas são endêmicas ou microendêmicas, ou seja, só ocorrem em uma serra ou em uma pequena área", esclarece o jardineiro.
(com portal da PBH)