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Estado de Minas CIDADE

Belo Horizonte vai usar joaninhas para combater pragas urbanas

Prefeitura de Belo Horizonte vai construir uma biofábrica de joaninha, inseto que se alimenta de larvas de pulgões e moscas


postado em 21/11/2017 13:52 / atualizado em 21/11/2017 14:01

Você sabia que a simpática joaninha é um inseto carnívoro que se alimenta de larvas de pulgões e moscas brancas e lagartas?(foto: Pixabay)
Você sabia que a simpática joaninha é um inseto carnívoro que se alimenta de larvas de pulgões e moscas brancas e lagartas? (foto: Pixabay)
Quando se fala em joaninhas, logo se imagina o inseto simpático que alegra as crianças. Mas, para a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), elas são um assunto sério. "As joaninhas são poderosas no controle de pragas urbanas que atacam áreas verdes e plantações. Elas são insetos carnívoros que comem até mesmo larvas de pulgões e moscas brancas e lagartas. Uma biofábrica de joaninhas será usada para controle natural de pragas", explica Mário Werneck, secretário municipal de Meio Ambiente (SMMA).

A biofábrica de joaninhas será instalada na Casa Amarela, no Parque das Mangabeiras, região centro-sul de Belo Horizonte, e deve entrar em funcionamento até março de 2018. "Estamos reformando a Casa Amarela com recursos de compensação ambiental. No local, além da biofábrica irá funcionar um Centro de Referência em Educação Ambiental", comenta Afonso Henrique Fraga, diretor de Gestão Ambiental da SMMA.

De acordo com o diretor, o objetivo é que as joaninhas sejam empregadas diretamente no combate às pragas que causam danos nas árvores de logradouros públicos e em áreas verdes da capital mineira, reduzindo os impactos causados pelas mesmas. "A inserção de joaninhas irá contribuir com o aumento na biodiversidade de flora", afirma Afonso Fraga.

Exemplo da França

O secretário Mário Werneck lembra que a PBH busca formas de gestão que integrem novas tecnologias aos recursos existentes. Uma das estratégias de sustentabilidade da cidade, segundo o secretário, é a recuperação de serviços do ecossistema nos ambientes urbanos, gerando produção de alimentos, matérias primas, renovação de recursos hídricos, beleza cênica, redução de poluição, entre outros.

"Estamos nos espelhando na experiência implantada em Paris, onde a iniciativa gerou excelente resultado. Lá, eles distribuíram as larvas de joaninha para acabar com os pulgões e outros insetos que danificam jardins públicos. Paris é uma cidade que não usa pesticida há anos nos logradouros públicos. É uma referência de políticas ambientais de sucesso", explica Werneck.

Distribuição

Além de serem utilizadas pela gestão pública, as joaninhas serão distribuídas para produtores e para quem se interessar. As larvas serão distribuídas dentro dos programas realizados pela PBH. O objetivo, segundo o gestor da SMMA, é acabar com as pragas sem o uso de agrotóxicos.

"O controle biológico natural terá efeito positivo em áreas de produção de alimentos. Como boa parte das hortas urbanas desenvolvidas no município utiliza práticas agroecológicas, o controle biológico pode atuar com forma de manejo de pragas nas hortas urbanas. Dessa forma, o controle biológico tem papel chave na garantia de cultivos sustentáveis em áreas urbanas, ao promover a biodiversidade e ao eliminar os efeitos negativos da aplicação de agrotóxicos", esclarece Afonso Fraga.
A Casa Amarela, que fica dentro do Parque das Mangabeiras, foi o local escolhido para a instalação da biofábrica de joaninhas da PBH(foto: Flickr/PBH/SMMA/Reprodução)
A Casa Amarela, que fica dentro do Parque das Mangabeiras, foi o local escolhido para a instalação da biofábrica de joaninhas da PBH (foto: Flickr/PBH/SMMA/Reprodução)

(com portal da PBH)

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