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Estado de Minas SAÚDE

Nem toda alteração da próstata é sinal de câncer

Se a glândula está maior que o normal, pode ser sinal de hiperplasia


postado em 13/11/2017 08:57 / atualizado em 13/11/2017 08:57

(foto: Geo.tv/Reprodução)
(foto: Geo.tv/Reprodução)
Quem disse que a descoberta de uma alteração na próstata é sinônimo de câncer? A glândula, encontrada somente nos homens, apresenta complicações que merecem ser diferenciadas do tumor. Segundo o urologista Fernando Almeida, do hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo, o órgão pode desenvolver, por exemplo, a hiperplasia benigna, que não tem relação com câncer – este problema ganhou repercussão na mídia após ser diagnosticado no presidente Michel Temer.

Os principais fatores que diferem as duas doenças são os sintomas, especialmente a ausência de alguns deles. O médico explica que, no caso da hiperplasia, que se caracteriza pelo aumento da glândula de forma benigna, indícios claros são constatados, como jatos de urina fracos, dificuldade ao urinar e idas constantes ao banheiro. Já em quadros de câncer na próstata, o cenário é diferente.

"O câncer de próstata é um tumor que surge geralmente pequeno e, por isso, não apresenta sintomas. Para conseguir detectar esse problema, ainda em sua fase inicial, é indicado que homens com histórico familiar procurem um médico após 45 anos e, aos 50 anos, para quem não tem casos na família", adverte o especialista.

Para um diagnóstico mais preciso, dois tipos de exames são aconselhados ao paciente. O primeiro é o de sangue, denominado Antígeno Prostático Específico (PSA), e o de toque retal, que detecta apenas o tumor já palpável. Com esses dois resultados, o médico consegue dimensionar o risco da doença e pedir, caso necessário, uma biópsia.

Fernando Almeida ressalta ainda que, atualmente, existe uma preocupação maior com o tipo de tumor e o tratamento adequado. Por apresentar características, como alta prevalência e evolução lenta, são feitas avaliações da necessidade de realizar a cirurgia para a remoção da próstata.

"Estima-se, hoje, que entre 10% a 15% dos homens terão o tumor. A grande discussão é que, em função da evolução lenta, demora a ter metástase e aparecimento da doença após os 50 anos, existe uma chance muito grande de a pessoa morrer de outras causas e não do câncer", comenta o especialista.

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