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Estado de Minas SAÚDE

OMS alerta para o uso irrestrito de antibióticos em animais de criação

A Organização Mundial de Saúde revela que, se nada for feito, até 2050 ao menos 10 milhões de pessoas morrerão devido às superbactérias


postado em 13/11/2017 12:44 / atualizado em 13/11/2017 12:59

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou, na terça-feira, dia 7 de novembro, que os fazendeiros reduzam a quantidade de antibióticos usados nos animais de criação que não estão doentes. O remédio no gado, nos suínos e nas aves vem gerando bactérias cada vez mais resistentes, o que ameaça também os seres humanos, alerta a OMS.

Mesmo para o tratamento de enfermidades já instauradas, o uso do remédio deve ser contido, segundo a organização. "Os animais saudáveis só devem receber antibióticos para prevenir uma doença diagnosticada em outros indivíduos do mesmo rebanho, criadouro ou população, no caso dos peixes", diz o comunicado enviado à imprensa pela OMS.

A entidade vinculada à ONU reclama que o uso excessivo e indevido de antibióticos em animais e seres humanos está contribuindo para uma crescente ameaça de resistência aos medicamentos. Este fenômeno poderia causar 10 milhões de mortes anuais antes de 2050, segundo um estudo britânico divulgado recentemente.

As recomendações da OMS se baseiam, também, em uma pesquisa publicada no início de novembro deste ano na revista médica The Lancet. O estudo mostra que a restrição ao uso de antibióticos em animais de criação destinados à alimentação humana leva a uma redução de até 39% no número de bactérias resistentes em rebanhos.

Para substituir os antibióticos na prevenção das doenças nos animais, a OMS propõe melhoria nas condições de higiene; melhor uso da vacinação; e mudanças nas práticas de criação.

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