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Estado de Minas SAÚDE

Vacina contra cocaína deve começar os testes em humanos em 2018

O imunizante, que deve ajudar a tratar a dependência química, está sendo elaborado na UFMG


postado em 04/12/2017 13:29 / atualizado em 04/12/2017 13:48

(foto: Pexels)
(foto: Pexels)
As drogas são um dos principais problemas de saúde da população mais jovem. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, realizada pelo IBGE a pedido dos ministérios da Saúde e da Educação, o percentual de estudantes do 9º ano do ensino fundamental que já experimentaram alguma droga ilícita (maconha, cocaína, crack, cola, lança-perfume, ecstasy etc.), pulou de 7,3% em 2012 para 9% em 2015.

Uma boa notícia para tentar resolver parte desse problema vem de pesquisadores do departamento de Química e Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), eles desenvolveram uma substância capaz de induzir o corpo a produzir um anticorpo contra a cocaína.

O estudo, coordenado pelo professor Frederico Duarte Garcia, buscou tratar o vício em cocaína com a própria molécula da droga. "Os anticorpos produzidos se ligam à molécula de cocaína na corrente sanguínea e impedem a passagem pela barreira hematoencefálica", explica o pesquisador da UFMG.

Em outras palavras, a substância bloqueia a entrada da droga no cérebro, impedindo, assim, o seu efeito. Sem a sensação da droga, o ciclo do vício pode ser quebrado. A ideia é que a medida seja empregada juntamente com outros métodos terapêuticos, contribuindo para impedir a recaída do viciado.

De acordo com Frederico Garcia, já foi possível sintetizar e caracterizar algumas novas moléculas. Além disso, foram realizados testes em animais. O professor afirma que o próximo passo é o estudo em humanos. "Se tudo der certo, acreditamos que até meados de 2018 já começaremos a pesquisa em humanos", pontua o cientista.

(com Agência Minas)

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