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Estado de Minas BEM-ESTAR

Tem gente que ainda confunde dislexia com desatenção

Distúrbio no aprendizado afeta a qualidade de vida de muitas crianças


postado em 06/04/2018 11:27 / atualizado em 06/04/2018 11:40

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
A dislexia é um distúrbio ou transtorno de aprendizagem que afeta a leitura, a escrita e a capacidade de soletrar de muitas crianças em fase escolar. Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, o distúrbio atinge cerca de 17% da população mundial. Logo que os pais notarem qualquer dificuldade nos filhos para ler, escrever ou soletrar, é preciso buscar ajuda de um especialista para fazer o devido diagnóstico.

De acordo com a psicopedagoga Ana Regina Caminha Braga, pessoas com esse problema não podem ser confundidas com preguiçosas ou desatentas. "O que acontece com a pessoa que tem dislexia é uma desordem das informações recebidas, que acabam inibindo o processo de entendimento das letras e interferindo na escrita e leitura", comenta a especialista.

A psicopedagoga esclarece que os sintomas do distúrbio variam de pessoa para pessoa e de acordo com o grau do problema. "A criança com dislexia tem certa dificuldade em decodificar as letras. Os disléxicos não associam com facilidade símbolos gráficos e letras aos sons que representam", diz Ana Regina Braga. Outro problema relacionado ao distúrbio é o diagnóstico, já que ele só consegue ser feito após a alfabetização da criança. Porém, a especialista lembra que a partir dos quatro anos a criança já pode dar alguns sinais dessa dificuldade.

Para chegar ao diagnóstico correta, o profissional de saúde descarta algumas possibilidades, como problemas visuais e dificuldade para entender as lições dos professores. Após esse levantamento, tem início o tratamento, que, geralmente, acontece com a participação de uma equipe multidisciplinar, composta por fonoaudiólogo, psicólogo e neurologista. Segundo Ana Regina Braga, a dislexia pode ser tratada e acompanhada e, assim, ser controlada de maneira eficaz já na infância, evitando que ela prejudique a vida adulta dos sujeitos em atendimento.

Ainda conforme a psicopedagoga, o professor também precisa estar atento às atitudes dos alunos, contribuindo no que for necessário para a melhora do jovem durante o tratamento. "O papel do professor é fundamental nesse momento, pois ele precisa estar atento às atitudes dos alunos e ao menor sinal de problema, isso deve ser repassado aos pais ou responsáveis, para que essa criança possa ser encaminhada para o tratamento adequado e sem maiores prejuízos", completa a especialista.

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