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Estado de Minas SAÚDE

Aneurisma não costuma apresentar sintomas

Problema nas veias e artérias precisam ser identificados no início


postado em 21/05/2018 14:25 / atualizado em 21/05/2018 14:51

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Um problema que não costuma apresentar sintomas, mas que pode ser: o aneurisma cerebral, que é a dilatação dos vasos sanguíneos do cérebro. A doença atinge dois em cada 100 brasileiros e, segundo o neurocirurgião André Bianco,  do Hospital Nove de Julho, de São Paulo (SP), o rompimento dessa bolsa formada pelo vaso dilatado pode ser fatal. "A ruptura dessa bolsa pode levar a morte, mas existem casos em que o aneurisma pode ser descoberto antes de se romper", diz o especialista.

A doença não costuma gerar sintomas antes da ruptura, mas, em alguns casos, os pacientes podem apresentar dores intensas na cabeça e no rosto. O médico explica que, caso se rompa, o aneurisma pode ser tratado por meio de cirurgia. "Durante o procedimento, fazemos uma abertura no crânio, para retirar o sangramento e colocar um tipo de clipe na dilatação", conta André Bianco, lembrando que o cateterismo é outra opção de tratamento.

Genética, hipertensão arterial e tabagismo estão entre os principais fatores de risco para o aparecimento de aneurismas. O problema é caracterizado pela dilatação dos vasos sanguíneos, o que faz com que as paredes das artérias fiquem mais finas e sensíveis, como uma bolha que pode estourar a qualquer momento e gerar uma hemorragia.

Abaixo, o neurocirurgião tira algumas dúvidas sobre a doença:

Tenho casos de aneurisma na família, devo me preocupar?
Segundo o médico, o fator genético está entre os principais responsáveis pelo desenvolvimento do aneurisma. André Bianco sugere uma avaliação com um neurologista sempre que ocorrer a primeira dor de cabeça intensa para facilitar a identificação precoce da doença. "Quando identificado, o aneurisma deve ser avaliado para definição do procedimento terapêutico, que pode envolver cirurgias ou n%u0101o", explica.

Existem vários tipos de aneurisma?
A maioria dos aneurismas, conforme o especialista, são os classificados como "verdadeiros" e existem também os chamados traumáticos e os micóticos (devido a alguma infecção). "A gravidade da doença é em decorrência do risco de sangramento que está relacionado com a forma, localização e tamanho do aneurisma", alerta o neurocirurgião. Aneurismas irregulares apresentam maior risco de sangramento do que os regulares e uniformes.

Aneurismas pequenos podem sangrar?
"Eles podem sangrar sim", diz o médico. A forma do aneurisma tem mais relação com o risco de sangramento do que o seu tamanho. "A probabilidade do sangramento é maior quando o aneurisma apresenta ondulações, bicos e outras irregularidades".

Quando os sintomas aparecem, pode ser tarde demais?
Algumas vezes, sim. Segundo Bianco, isso acontece em 50% dos casos em que os sintomas surgem e não possibilitam a cura.

Como prevenir o problema?
O especialista explica que o diagnóstico é feito por meio de uma série de exames, como angiografia, angiotomografia e angioressonância magnética, que determinam a localização, forma e aspecto do aneurisma, permitindo a identificação do potencial de sangramento e definição da melhor conduta para tratar a doença. André Bianco ressalta que a idade também tem relação com o surgimento de aneurismas. "O grupo de risco são adultos fumantes e hipertensos", completa o especialista.

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