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Estado de Minas BEM-ESTAR

Pesquisa mostra que brasileiras não curtem o ciclo menstrual

Para lidar com a menstruação, pílula anticoncepcional é uma boa opção


postado em 06/06/2018 09:30 / atualizado em 06/06/2018 09:43

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Todas as mulheres, da adolescência até por volta dos 50 anos de idade, terão de enfrentar, todos os meses, o período da menstruação. Entretanto, ao contrário do que ocorria no passado, quando o ciclo menstrual começava mais tarde e as mulheres engravidavam com mais frequência, a mulher moderna, além de apresentar a menarca mais cedo, tem menos filhos, o que resulta em um tempo maior de convívio com a menstruação e alguns dos seus sintomas mais incômodos, como a TPM e as cólicas.

Uma pesquisa feita pelo Datafolha, em conjunto com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), com mulheres de 18 a 35 anos de idade de oito capitais brasileiras, mostrou que a maioria das entrevistadas não gosta de menstruar. "Mesmo sendo natural, a menstruação nem sempre se apresenta de forma simples para todas as jovens. Os sintomas que a acompanham podem prejudicar a qualidade de vida, tornando o processo muito incômodo", comenta o ginecologista José Bento, dos hospitais São Luiz e Albert Einstein, de São Paulo (SP).

Conforme o levantamento, dentre os sintomas que mais incomodam as brasileiras estão o desconforto (52%) e a presença de cólicas (46%). Além disso, 20% relatam ficar muito irritadas, 7% apontam que o sangramento é excessivo e 4%, que atrapalha a rotina.

"Alguns desses fatores fazem parte da chamada Tensão Pré-Menstrual, a TPM. Já as cólicas menstruais se dão pelas contrações que ocorrem no útero para a eliminação dofluxo menstrual. Em algumas mulheres este sintoma não causa grandes mudanças na qualidade de vida; já em outras pode impedir as atividades do dia a dia", diz o médico.

Para minimizar esses problemas, uma opção é o uso de pílula anticoncepcional, que surgiu no início dos anos 1960 e revolucionou a maneira pela qual a sociedade encara a vida reprodutiva e a sexualidade. Inicialmente, o contraceptivo oral foi comercializado para aliviar os sintomas da menstruação. Porém, tinha como "efeito colateral" a suspensão temporária da ovulação, trazendo, portanto, mais autonomia e liberdade para as mulheres.

De lá para cá, quase 50 anos se passaram e a pílula foi continuamente aprimorada. "Hoje em dia existe um método contraceptivo para cada perfil de mulher, com a possibilidade, inclusive, de controle sobre quando menstruar. Além disso, muitos contraceptivos, tais como os orais combinados   propiciam benefícios adicionais para a pele e o cabelo", afirma José Bento.

Ainda de  acordo com a pesquisa do Datafolha, a pílula é o método mais comum entre as mulheres e metade delas diz que já emendou uma cartela na outra como forma de controlar o ciclo menstrual e poder aproveitar mais os momentos de férias e lazer, já que a menstruação pode atrapalhar esses períodos.

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