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Estado de Minas INTERNACIONAL

Sarcófago encontrado no Egito pode ser de Alexandre, o Grande

A tumba de granito preto foi descoberta em Alexandria, a 200 km do Cairo


postado em 17/07/2018 10:58 / atualizado em 17/07/2018 17:32

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O "misterioso" sarcófago de granito preto pesando 30 toneladas, descoberto em Alexandria, no Egito, pode pertencer ao famoso imperador Alexandre, o Grande (foto: Facebook/Ministry of Antiquities of Egypt/Reprodução)
A descoberta de um sarcófago de granito preto na cidade de Alexandria, no Egito, no dia 1º de julho, causou frenesi em todo o mundo. Ele é o maior já descoberto na região e deve ser aberto nos próximos dias, depois de permanecer intacto por mais de dois mil anos. O artefato, que mede 2,7 m de comprimento e 1,65 m de largura, pesa cerca de 30 toneladas, não tinha nenhuma inscrição ou identificação, apenas uma cabeça de homem feita de alabastro (pedra muito usada pelos antigos egípcios). Agora, arqueólogos acreditam que o "misterioso" objeto pode pertencer ao lendário Alexandre, o Grande – ou Alexandre Magno, governou o grande império da Macedônia entre 332 a.C. a 323 a.C.

A tumba de granito foi encontrada durante escavações de rotina realizadas antes da autorização de construção de um edifício em Alexandria, que fica a cerca de 200 km ao norte do Cairo, capital do Egito.

Em uma entrevista para o jornal inglês The Telegraph, o famoso arqueólogo egípcio Zahi Hawass, ex-secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, assegurou que o fato de o sarcófago ter sido feito de granito mostra a importância social do seu proprietário, principalmente porque Asuan, a cidade de onde a rocha possivelmente foi extraída, se situa a mais de mil km de distância de Alexandria.

No entanto, sem abrir a tumba, há poucas informações sobre a identidade do homem que foi enterrado nela, já que a cabeça de pedra encontrada junto dela está muito desgastada pela ação do tempo. Além disso, o sarcófago não contém nenhum indício que possa ajudar a identificar o dono. Os arqueólogos estimam que ele pertença a um cidadão nobre ou rico que viveu no Reino Ptolomaico, entre 323 e 30 a.C. –  começou com a ascensão de Ptolemeu I Sóter após a morte de Alexandre, o Grande, em 323 a. C. e terminou com a morte de Cleópatra VII e a conquista romana em 30 a.C.
(foto: Facebook/Ministry of Antiquities of Egypt/Reprodução)
(foto: Facebook/Ministry of Antiquities of Egypt/Reprodução)

Tumba de Alexandre

Ao longo de centenas de anos, arqueólogos e exploradores de todo o mundo tentam encontrar a tumba do antigo imperador da Macedônia, mas, até agora, sem êxito.

Estima-se que houve pelo menos 140 tentativas malsucedidas de encontrar seu paradeiro, mas o achado em Alexandria sugere a possibilidade de se ter descoberto algo importante, podendo ser até mesmo os restos mortais do famigerado lídero macedônico.

"Todo o mundo está procurando a tumba de Alexandre. Temos certeza de que ele foi enterrado em Alexandria. E a descoberta do sarcófago demonstra que, um dia, quando se estiver demolindo uma vila ou uma casa, pode ser encontrada sua tumba", comenta Zahi Hawass ao The Telegraph.

Contudo, abrir o sarcófago pela primeira vez exigirá muito trabalho preliminar. "É arriscado abri-lo de imediato, temos que nos preparar", afirma Ayman Ashmawy, alto funcionário do Ministério de Antiguidades do Egito, também em entrevista para o jornal inglês, explicando que a tumba deverá ser aberta no local onde foi encontrada.
(foto: Facebook/Ministry of Antiquities of Egypt/Reprodução)
(foto: Facebook/Ministry of Antiquities of Egypt/Reprodução)

"É difícil movê-lo intacto e abri-lo num museu. O artefato está a cinco metros de profundidade e pesa mais de 30 toneladas. Somente a tampa dele pesa 15 toneladas", acrescenta Ashmawy.

Nas próximas semanas, uma equipe de engenheiros visitará o local levando equipamentos pesados e suportes estruturais a fim de remover a tampa do sarcófago. Em seguida, serão chamados especialistas em mumificação e restauração para garantir que o conteúdo seja devidamente preservado, uma vez que será exposto ao ar livre pela primeira vez em milênios.

(com Agência Sputnik)

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