
Márcia Chame lembra que a perspectiva era de que seriam registrados menos casos da doença, porque há uma dinâmica de redução no ciclo da infecção, quando o clima começa a esfriar, já no mês em maio, voltando após outubro, com pico no Verão. "Este ano a gente está vivendo um Inverno bastante quente e começa a ver animais mortos. A gente já fez um alerta para a coleta dos animais e não tem a certificação de que aquilo é febre amarela, mas, como a gente vem nesse processo, tem que manter o alerta. As pessoas têm que ficar atentas. Houve uma baixa adesão à vacina em muitas áreas e é importante que as pessoas não pensem que a doença já foi e não precisam se vacinar mais", comenta a pesquisadora da Fiocruz.
No entanto, a especialista também dá uma boa notícia. Em algumas áreas onde ocorreram muitos casos de morte de macacos, a população já começou a identificar a presença de mais animais. "Há registros de pessoas vendo animais em condições de saúde bastante boas e isso é sempre uma excelente notícia. Na Ilha Grande [Rio de Janeiro], onde houve os primeiros registros de febre amarela em humanos, já existem bugios [macacos] com boa saúde. Essas notícias são boas, animam", completa.
(com Agência Brasil)