Publicidade

Estado de Minas BEM-ESTAR

Já ouviu falar na prática chinesa intitulada qigong?

Praticada por muitas celebridades, ela parece com o tai chi chuan


postado em 06/09/2018 08:42 / atualizado em 06/09/2018 09:08

Muita gente confunde a prática do qigong, o novo
Muita gente confunde a prática do qigong, o novo "queridinho" das celebridades, com o famoso tai chi chuan (foto: Pixabay)
Dentre as inúmeras técnicas de exercícios que prometem ajudar a manter a saúde em dia, a nova "queridinha" dos famosos é chamada de qigong. Trata-se de uma prática milenar chinesa baseada em cerca de três mil movimentos leves que, conforme acreditam os adeptos, são capazes de melhorar a postura e a respiração, acalmando a mente, proporcionando bem-estar e, até mesmo, prolongando a vida.

De acordo com o jornal britânico The Times, entre as celebridades que adotaram essa técnica chinesa estão as atrizes Julia Roberts, Kate Beckinsale e Gwyneth Paltrow, além do jogador de golfe Tiger Woods e dos cantores Iggy Pop e Gary Lightbody, vocalista da banda Snow Patrol.

Qigong, yoga e tai chi

À primeira vista, o qigong pode ser confundido com outras práticas milenares chinesas, como a yoga e o tai chi chuan, por exemplo. "As três técnicas são ótimas para se manter jovem, saudável e relaxado, mas existem diferenças", comenta a instrutora Katherine Allen, que pratica qigong há 30 anos, em entrevista ao periódico britânico. "O qigong exige que o praticante fique de pé a maior parte do tempo, ao contrário da yoga, que possui muitas posições em que a pessoa precisa ficar deitada. Qigong se parece com o tai chi chuan por ser, tradicionalmente, praticada ao ar livre, geralmente ao amanhecer ou ao anoitecer", diz a inglesa.

Katherine Allen esclarece ao The Times que a técnica milenar chinesa também é ótima para quem tem problemas na coluna ou sofre com outras doenças relacionadas ao sistema músculo-esquelético. "Os movimentos não provocam impactos na coluna, que, durante as aulas, está sempre numa posição segura. Afinal, a boa postura é uma parte muito importante do qigong", afirma a instrutora.

Na prática

Numa única aula, os participantes chegam a realizar cerca de 25 movimentos, que podem ser constantes ou com o aluno estático, segundo explica a praticante inglesa. Ela conta ainda que, em suas aulas, os iniciantes aprendem a fazer sequências mantendo as posições por cerca de um minuto e repetindo um determinado movimento por até sete vezes consecutivas.

"Alguns movimentos são tão exigentes quanto treinos pesados, mas, ao contrário da musculação ou outros exercícios físicos, não existe tensão em nenhuma parte do corpo. Ou seja, você pode fortalecer o corpo e, ao mesmo tempo, manter a calma e o relaxamento", comenta Katherine Allen.

As aulas de qigong começam com a "regulação" da respiração dos praticantes, que deve ser feita "de forma lenta, relaxada e silenciosa". Isso é importante para "arejar a mente", segundo a instrutora.

Quando as aulas são dadas em ambientes internos, é possível colocar uma música suave de fundo. Já na prática ao ar livre, como o tai chi chuan, a trilha sonora ideal é a formada pelos sons da natureza, como o barulho do vento, das árvores e o canto dos pássaros.

"No final da aula, às vezes fazemos uma sessão de meditação. Isso acalma o corpo e o sistema nervoso. A ideia é que as pessoas saiam da aula mais relaxados e mais felizes do que quando entraram. Há um aspecto psicológico envolvido", afirma Katherine.

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade