
Logo na abertura da edição, a jornalista Renata Vasconcellos antecipou que haveria mudanças. "No dia do aniversário de 56 anos, o Jornal Nacional anuncia novidades", disse. Mas foi apenas no encerramento do programa que Bonner revelou sua decisão.
"Eu estou concluindo meu ciclo aqui no Jornal Nacional. A partir de novembro, quem estará ao lado da Renata, nesta bancada, é o César Tralli, que você conhece muito bem", declarou, emocionado.
O apresentador contou que a ideia de se afastar do noticiário surgiu ainda durante a pandemia. "É muito estranho falar de mim no Jornal Nacional, mas vamos lá. A minha decisão de deixar o Jornal Nacional ocorreu há cinco anos. Ela surgiu em um momento que muita gente também repensou a vida profissional, quando a pandemia estava no auge", explicou.
Entre os fatores pessoais que pesaram na escolha, Bonner mencionou as mudanças na família. "Naquela época, um dos meus três filhos estava de mudança para estudar em outro país e eu sentia que, no meu dia a dia, só cabia o que eu precisava fazer, mas ficavam de fora coisas que eu gostaria de fazer. A conta não estava fechando", confessou.
Segundo ele, foi necessário aguardar o momento adequado para estruturar a transição. "Só que era um momento muito difícil para fazer um movimento desse, no qual precisava preparar os sucessores. Nós fizemos isso dentro de cinco anos", ressaltou.
Com 29 anos de atuação no telejornal, sendo 26 deles também como editor-chefe, Bonner destacou a dedicação exigida pelo cargo. "O tempo que isso demanda não é pouco", observou.
Embora se despeça do JN, o jornalista continuará na Globo. A partir de 2026, fará parte da equipe do Globo Repórter, dividindo a apresentação com Sandra Annenberg. A transição no comando do Jornal Nacional será concluída em 3 de novembro, quando César Tralli assumirá oficialmente a bancada.