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Estado de Minas BEM-ESTAR

Governo quer reduzir açúcar dos alimentos industrializados

Acordo está sendo preparado pelo Ministério da Saúde


postado em 02/10/2018 11:24 / atualizado em 02/10/2018 11:25

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

De acordo com o ministro da Saúde Gilberto Occhi, está sendo preparado um acordo com a indústria de alimentos processados para a redução do nível de açúcar em vários produtos. Segundo ele, num primeiro momento, a proposta vai incluir iogurtes, achocolatados, sucos em caixinha, refrigerantes, bolos e biscoitos. "Cada um terá um nível de redução de açúcar, que será estabelecido até 2021, quando sentaremos novamente com a indústria para definir um novo patamar", diz Occhi, durante o lançamento de uma pesquisa sobre perfil da população idosa brasileira na segunda, dia 1º de outubro, em Brasília (DF).

O ministro afirma ainda que o acordo com a indústria é uma das ações preventivas contra problemas de saúde que poderão contribuir para a melhoria da qualidade de vida população em crescente envelhecimento no país. Ele deve ser feito nos mesmos moldes da proposta que reduz o percentual de sódio dos alimentos.

Atualmente, os idosos representam 14,3% dos brasileiros, ou seja, 29,3 milhões de pessoas.

Longevidade

A expectativa de vida do brasileiro aumentou 30 anos nas últimas sete décadas, passando de pouco mais de 45 anos de idade para 75 anos.

"Temos que cuidar desde a infância para que nossa população tenha uma vida cada vez mais saudável. As pessoas com mais de 60 anos precisam ter práticas físicas e diagnósticos cada vez mais precoces sobre possíveis doenças crônicas", afirma o ministro da Saúde.

De acordo com o estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 75,3% das 9,4 mil pessoas com 50 anos ou mais, entrevistadas em 70 municípios brasileiros, dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS). A pesquisa aponta que, por este cenário, os investimentos no sistema são fundamentais para reduzir as desigualdades sociais em saúde.

Um dos pontos de alerta feito pelos pesquisadores é o de que o envelhecimento da população é uma realidade irreversível que ainda ocorre de forma "profundamente desigual". As diferenças econômicas, segundo eles, refletem diretamente na qualidade de vida dessas pessoas.

Hipertensão

O leque de doenças que mais afetam esse público é liderado pela hipertensão (mais da metade dos entrevistados), seguida por dores na coluna, artrite e depressão.

O levantamento mostra que quase 30% dos idosos sofrem com duas ou mais doenças crônicas e que, nos últimos 12 meses, 10,2% dos entrevistados relataram que foram hospitalizados pelo menos uma vez.

A insegurança nas áreas urbanas também foi destacada no diagnóstico apresentado pela Fiocruz e pela UFMG, que mostra que 85% dos idosos com 50 anos ou mais vivem em cidades.

Mais de 40% dos ouvidos disseram ter medo de cair nas ruas em função do estado de calçadas e passeios. Outros 36% declararam o temor em atravessar ruas.

"Saúde é uma responsabilidade de todos. Estamos falando de educação, de saneamento, de mobilidade urbana. Todos nós, como governo de maneira global, temos que adotar medidas", defende Gilberto Occhi.

(com Agência Brasil)

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