No dia 13 de fevereiro, a Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo fechou o canil Céu Azul na cidade de Piedade, no interior de São Paulo, onde eram criados de forma precária 1,7 mil cachorros de raça – sendo centenas deles em péssima condição de saúde. A denúncia de maus-tratos foi encabeçada pela apresentadora e ativista Luisa Mell, de 40 anos. Ela possui até um instituto que cuida de animais resgatados. Após a ação da polícia, a franquia de pet shops Petz decidiu parar de vender filhotes em suas 82 lojas espalhadas pelo Brasil.
"O grupo Petz decidiu não vender mais filhotes em suas 82 lojas em todo o país. A partir de agora, a rede de pet shops só terá cães e gatos para adoção em parceria com ONGs do projeto Adote Petz", esclarece a empresa em nota enviada para a imprensa. Vale dizer que existe a informação de que a empresa adquiria animais do canil Céu Azul.
Ainda de acordo com a franquia, que surgiu em São Paulo em 2002 e passou para o controle do fundo americano de investimentos Warburg Pincus, em 2013, o espaço que era usado em suas lojas para venda de cachorros e gatos de raça será destinado a entidades protetoras para a realização de eventos de adoção.
Citado pelo portal G1, da Rede Globo, o fundador da Petz, Sergio Zimerman, diz que a denúncia de maus-tratos chegou a abalar a empresa, mas que o processo de aquisição de animais é considerado "99% seguro". "Isso nos abalou muito. Ao nos perguntarmos sobre a possibilidade desse tipo de episódio vir a se repetir, chegamos à conclusão que o nosso processo era 99% seguro. Ocorre que 99% não são 100%. E se há a menor possibilidade de isso acontecer de novo, então não serve", comenta o empresário paulista.
A assessoria de imprensa da Petz revela também que os bichinhos que se encontram à venda nas lojas não serão recolhidos, mas o dinheiro resultante da venda desses animais será revertido para ONGs.