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Estado de Minas SAÚDE

Ainda é preciso se vacinar contra a febre amarela

Alerta é da secretaria de saúde de Minas Gerais


postado em 20/11/2018 09:38 / atualizado em 20/11/2018 09:43

(foto: USP Imagens/Reprodução)
(foto: USP Imagens/Reprodução)

O calor e as chuvas, típicos desta época do ano, acendem o alerta para a necessidade de prevenção da febre amarela, pois, apesar das ações de imunização serem mantidas durante todo o ano, o período de maior probabilidade de ocorrência de casos da doença em Minas acontecem entre os meses de dezembro e maio. O alerta é da secretaria de estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), que reforça a necessidade de vacinação da população e a manutenção da vigilância constante nas áreas de risco.

De acordo com a SES, desde o início das notificações dos casos suspeitos de febre amarela silvestre que ocorreram no estado, no final de 2016, foram adotadas diversas ações, entre elas a realização da vacinação casa a casa, nas regiões mais afetadas, na tentativa de atingir a população não vacinada.

Com isso, a cobertura vacinal acumulada chegou a 57,5% entre 2007 e 2016, e subiu para 90,7%, atualmente. Na última temporada de monitoramento da doença, entre 2017 e 2018, foram 527 casos confirmados, sendo que 178 evoluíram para óbito, conforme a secretaria.

Mesmo com a cobertura acima de 90%, em Minas Gerais, Eva Lidia Arcoverde Medeiros, coordenadora estadual de Imunização, reforça a importância da população se vacinar e proteger contra a doença, porque ainda há uma estimativa de 1.836.028 pessoas não vacinadas. "O ideal seria alcançar os 100% deste público, porque a vacina confere uma proteção individual e a imunização é a maneira mais eficaz e segura de prevenir a febre amarela. A vacina é recomendada a todas as pessoas a partir dos 9 meses de idade, principalmente aquelas que moram ou vão viajar para áreas com indícios de febre amarela. Ela está disponível, por meio do Sistema Único de Saúde [SUS], em todas as unidades de saúde, e deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco. As pessoas que não estiverem com a dose em dia, precisam atualizar o cartão de vacina", comenta Medeiros.

Ainda segundo a coordenadora, frente aos recentes boatos que circularam nas redes sociais, a vacina continua sendo o meio mais eficaz de prevenção contra a doença. Estudos acumulados ao longo dos anos indicam que a vacina protege de 95% a 98% dos casos, sendo considerada altamente eficaz e segura na prevenção da transmissão do vírus.

"A vacina é importante pois a transmissão não é entre seres humanos, como o sarampo ou a gripe, por exemplo, em que a vacina é capaz de garantir uma proteção coletiva. A proteção é individual, de cada um. Por isso é que, no caso da febre amarela, nosso ideal deveria ser atingir uma cobertura de 100% da população. O vetor está presente no nosso ambiente, circulando com o vírus e logo as pessoas, que não tenham se vacinado, estarão expostas", afirma a especialista.

Vale lembrar que a febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores e possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano. Em áreas de mata, os principais vetores são os mosquitos Haemagogus e Sabethes. Na cidade, o transmissor é o famigerado mosquito Aedes aegyti. O vírus é transmitido pela picada dos insetos infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa.

(com Agência Minas)

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