Publicidade

Estado de Minas TRAGÉDIA

Fake news atrapalham trabalhos em Brumadinho

Porta-voz dos Bombeiros de Minas Gerais fala sobre o assunto


postado em 30/01/2019 17:30 / atualizado em 30/01/2019 17:26

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Durante entrevista coletiva sobre a atualização das buscas e atividades em Brumadinho (MG), o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, aproveitou para alertar sobre os problemas decorrentes da disseminação de notícias falsas (fake news) relacionadas à tragédia e à atuação das autoridades na região. Mensagens vêm sendo divulgadas em redes sociais apontando um conjunto de fatos e problemas que não condizem com a realidade.

"O serviço das forças de segurança tem sido bastante prejudicado com fake news, notícias falsas. Toda a veiculação desse tipo de notícia, quando é falsa, ela prejudica, e muito, e atrasa o importante trabalho que a gente está fazendo em relação à recuperação desses corpos", afirma o bombeiro militar, citado pela Agência Brasil.

O tenente cita como exemplo conteúdos indicando a existência de sobreviventes que estariam em algum lugar da região. Quando são acionados por questionamentos ou pistas desse tipo, continua Aihara, os bombeiros têm de ir atrás e conferir se no determinado local sugerido haveria ou não alguma pessoa que resistiu à tragédia.

Outro caso é a divulgação de fake news afirmando que os militares que trabalham nas buscas estariam "intoxicados" com a lama da barragem de rejeitos. O porta-voz esclarece que o Corpo de Bombeiros se baseia em laudos atestando o caráter não tóxico da lama, mas que ainda assim há procedimentos para evitar eventuais doenças nos oficiais.

"Como nossos militares ficam durante longos períodos expostos a essa água, a gente ministra um antibiótico, principalmente para prevenir o contágio de leptospirose, mas específico para a atuação de bombeiro. A população em geral não precisa se preocupar com isso. Esse antibiótico só deve ser administrado na população em geral se ela apresentar sintomas", afirma Pedro Aihara.

Além disso, o tenete do Corpo de Bombeiros informa que estão sendo coletadas amostras de lama em diversos pontos da região para análises próprias, de modo a confirmar se há ou não riscos a quem está trabalhando na área.

(com Agência Brasil)

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade