
No empreendimento, as vendas dos produtos agrícolas serão feitas diretamente do produtor para o consumidor, sem a figura do atravessador. "Os produtos vão ser mais baratos do que a média dos lojistas, pois vamos reduzir os custos de logística, armazenamento e distribuição", afirma Elias Tergilene, presidente da Fundação Doimo/Grupo Uai, e idealizador do projeto. Serão investidos R$ 40 milhões no negócio, que terá cinco pavimentos e 14 mil metros quadrados na fase inicial e mais 26 mil na segunda, totalizando 40 mil metros quadrados de área construída. As lojas terão de 20 a 100 metros quadrados.
No Brasil e no mundo, entre 70% e 80% dos alimentos são produzidos por pequenas famílias em propriedades rurais, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). De cada dez alimentos que abastecem a mesa dos brasileiros, sete vêm de propriedades pequenas de famílias que tocam a roça.
O Mercado de Origem também vai ter estacionamento gratuito para 1,2 mil veículos (entre as vagas disponibilizadas no mercado e outras no BH Outlet, localizado em frente). A ideia é que o espaço seja um centro de atacado e varejo para apresentação, exposição e degustação de produtos de origem, de forma a proporcionar experiências que façam os visitantes percorrem toda a história do produto e do produtor, da fazenda à mesa.

O Mercado vai ser pet friendly e terá espaço multiuso com infraestrutura completa para cursos gastronômicos e cozinha show, além de ilhas gourmet, onde as famílias vão poder se reunir e preparar pratos sob a supervisão de um profissional culinário.
Uma fazendinha urbana, com horta orgânica, animais, peixes e aves para crianças e adolescentes, também é parte do projeto. No espaço os jovens vão conhecer como funciona uma fazenda, além de aprender e praticar o plantio de frutas e hortaliças. Há planos de oferecer ainda serviços como caixas eletrônicos, centro de beleza e estética, cafeteria, cervejaria e restaurante.
A seleção dos produtores, cooperativas e associações de agricultura familiar que vão integrar o Mercado de Origem está sendo realizada por meio de um termo de cooperação técnica com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater). A empresa está considerando critérios como qualidade dos produtos, capacidade de entrega e emissão de notas fiscais, além de habilitação sanitária.
Será realizada uma inspeção em todas as propriedades rurais antes de serem fechados os contratos. Além de realizar a escolha dos produtores, a Emater vai acompanhar os selecionados para dar suporte técnico necessário da porteira para dentro e amparar nas agendas de comercialização. Os produtores vão pagar 10% do valor comercializado para o empreendimento.