Publicidade

Estado de Minas SAÚDE

Vírus inédito em humanos é registrado na China

Homem foi vítima da hepatite dos ratos


postado em 28/09/2018 16:42 / atualizado em 28/09/2018 17:05

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Se não bastassem as inúmeras moléstias que preocupam a humanidade, agora, segundo matéria divulgada pela emissora americana CNN, a hepatite E, mais comum na África e na Ásia, conhecida como doença dos ratos, não havia sido detectada em humanos, até agora. Cientistas da Universidade de Hong Kong, na China, confirmaram que um homem de 56 anos, que vive em Hong Kong, seria a primeira vítima do problema, que gera consequências drásticas para o fígado.

"Testes em laboratórios haviam mostrado que o vírus da hepatite E não podia ser transmitido para macacos e que o vírus humano da hepatite A não podia ser transmitida para os ratos", comenta o médico Siddharth Sridhar, professor da universidade chinesa, no artigo de divulgação da pesquisa.

Os investigadores acreditam que uma explicação possível para o registro inédito se deve ao fato do paciente ter sido diagnosticado com uma falha no sistema imunológico, em virtude de um transplante de fígado.

Somente após fazerem o sequenciamento genético do vírus os pesquisadores chineses perceberam que a hepatite contraída pelo paciente era a mesma que atingia os ratos. "O paciente está curado, mas, atualmente, já não conseguimos detectar o vírus de forma clínica", diz Sridhar.

Como a deficiência no sistema imunológico pode ter sido a causa da contaminação, os cientistas estão levando em consideração essa hipótese para entender possíveis grupos de risco. "Esse exemplo significa que, provavelmente, temos de começar a procurar mais, especialmente em pessoas com o sistema imunológico comprometido", afirma o professor Universidade de Hong Kong.

Agora, os especialistas estão em busca da forma como o micro-organismo contaminou o homem. "O vírus da hepatite E que afeta os ratos, agora, junta-se à lista de infeções importantes que podem ser transmitidas dos roedores para os humanos", acrescenta Siddharth Sridhar.

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade